Revista Raça Brasil

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Empresário de Claudia Leitte e Carlinhos Brown é acusado de racismo e agressão em camarote de Salvador durante o Carnaval

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Rachel Quintiliano

Editora do Portal Raça. Jornalista e escritora com quase 30 anos de experiência, tanto na comunicação corporativa quanto da imprensa, especialmente imprensa negra. Autora do livro ‘Negra percepção: sobre mim e nós na pandemia’. É responsável por planejar os conteúdos do portal, assegurando a linha editorial e estratégia narrativa do grupo RAÇA.

O empresário Fábio Almeida, que gerencia a carreira dos artistas baianos Claudia Leitte e Carlinhos Brown, está no centro de uma grave denúncia de racismo e agressão física durante o Carnaval de Salvador. O caso aconteceu no Camarote Salvador, um dos espaços mais exclusivos da festa, e envolveu ataques verbais e físicos contra uma jornalista e seguranças do evento.

A confusão começou quando Fábio Almeida abordou a jornalista Ana Raquel, diretora de jornalismo da Rede Bahia. Insatisfeito com uma matéria sobre Claudia Leitte, ele teria feito ameaças, apertado a mão da profissional com força e apontado o dedo no rosto dela enquanto a insultava. A situação gerou constrangimento entre os presentes, e outra jornalista, que também teria sido alvo do empresário, pretende denunciar o caso.

Pouco depois do primeiro episódio, um segurança do camarote relatou ter sido vítima de racismo por parte de Fábio Almeida. Segundo o profissional, a confusão começou quando um dos artistas assessorados pelo empresário tentou sair do evento com brindes, mas foi informado de que isso não era permitido. Irritado com a restrição, Fábio teria iniciado uma discussão e proferido insultos racistas, chamando o segurança de “preto arrogante” e “preto sujo”, além de dar tapas em seu peito. Diante da agressão, o segurança revidou com um soco, e o empresário acabou expulso do local.

Mesmo após ser retirado do camarote, Fábio Almeida teria conseguido retornar pela entrada de convidados e, novamente, atacado outro funcionário com ofensas racistas e agressão física. Mais uma vez, ele foi expulso do evento.

Um dos seguranças agredidos registrou um Boletim de Ocorrência por racismo e também denunciou o caso à Secretaria Municipal da Reparação (Semur). O outro profissional, no entanto, optou por não prestar queixa.

O episódio reacende o debate sobre o racismo estrutural em espaços elitizados e a violência contra profissionais negros. Até o momento, Fábio Almeida e os artistas que ele representa não se manifestaram sobre as acusações.

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