Encontro em Brasília debate saúde da população negra e veículos da imprensa negra
O Ministério da Saúde tem desenvolvido esforços para melhorar a saúde da população negra no Brasil. Uma das principais ações é a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), criada em 2009.
Porém esta política teve altos e baixos desde de sua criação o objetivo principal sempre foi promover a equidade em saúde e combater as desigualdades raciais no acesso aos serviços de saúde. Para isso, o Ministério da Saúde procurou ao longo dos anos trabalhar em parceria com outras instituições governamentais e não governamentais.
Uma das ações concretas da PNSIPN é a realização de campanhas de conscientização sobre doenças que afetam desproporcionalmente a população negra, como a hipertensão e o diabetes. Essas campanhas visam informar e educar a população sobre a importância da prevenção e do tratamento precoce. Mas e os veículos de comunicação negras, quantos participaram ou participam desses processos e a relação desses veículos com as agências de comunicação que operam as campanhas, está foi uma das indagações do jornalista Maurício Pestana CEO da revista RAÇA presente no encontro
O encontro teve a participação de Luís Eduardo Batista assessor Especial de Igualdade Racial e Mirian Pereira Assessora de Comunicação do Ministério da Saúde e Fabiana Damásio diretora da FiOCRUZ Brasília.
São grandes os investimentos do Ministério da Saúde na população negra como o programa de capacitação de profissionais de saúde para atender às necessidades específicas da população negra. Isso inclui a formação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde para lidar com questões como o racismo institucional e a desigualdade de acesso aos serviços de saúde.
Outro tema discutido no encontro foi o baixo número de municípios que aderiram a este programa 371 dos mais de 5 mil municípios que compõem o território nacional.
São muitos pontos positivos do programa, como: a criação de serviços de saúde específicos para a população negra, os Centros de Saúde da Família (CSF) que oferecem atendimento integral e humanizado, serviços fundamentais para reduzir as desigualdades em saúde e melhorar a qualidade de vida da população negra.
Também são realizadas parcerias com organizações não governamentais e movimentos sociais para fortalecer a participação da população negra na formulação de políticas de saúde. Isso inclui a realização de fóruns, seminários e outras atividades que visam ampliar a participação e o controle social.
Além disso, o Ministério da também investe em pesquisas e estudos para melhorar a compreensão das necessidades de saúde da população negra. Isso inclui a realização de estudos epidemiológicos, avaliações de impacto e outras pesquisas que visam informar a formulação de políticas de saúde.
A implementação da PNSIPN também envolve a articulação com outras políticas públicas, como a política de educação e a política de assistência social. Isso é fundamental para garantir que as ações de saúde sejam integradas e coerentes com as necessidades mais amplas da população negra.