No dia 25 de agosto de 2024, Endrick escreveu a primeira linha de sua história com a camisa do Real Madrid. Aos 18 anos, o jovem ex-Palmeiras entrou no Santiago Bernabéu, contra o Real Valladolid, e precisou de poucos minutos para balançar as redes. O feito não foi apenas um gol — foi um marco. Endrick se tornou o estrangeiro mais jovem a marcar pelo clube merengue em LaLiga, trazendo consigo o peso e o brilho de representar milhares de jovens negros que sonham com espaço no futebol europeu.
Um ano depois, sua trajetória já carrega altos e baixos: números expressivos, gols importantes e conquistas pessoais, mas também frustrações com poucas oportunidades e lesões que frearam sua evolução. Ainda assim, a cada passo, Endrick mostra que sua presença em campo é símbolo de resistência, talento e esperança.
A temporada de estreia e seus números
Mesmo sem tantas oportunidades como titular, Endrick fechou a temporada com oito participações em gols em 37 partidas. Marcou sete vezes, deu uma assistência, deixou sua marca na Champions League e foi destaque na Copa do Rei, com cinco gols em seis jogos. Números que comprovam seu potencial, mesmo entrando muitas vezes nos minutos finais.
Comparado a lendas do futebol brasileiro como Neymar, Kaká, Ronaldinho e Romário, Endrick mostrou que não precisou de muito tempo para balançar as redes e fazer história em solo espanhol.
O peso da camisa 9 e o futuro
Agora, em 2025/2026, o Real Madrid lhe entregou a camisa 9 — símbolo de confiança, mas também de responsabilidade. Ainda se recuperando de lesão, o jovem atacante deve retornar em setembro com a missão de mostrar que pode ser peça central do projeto merengue.
Um símbolo de representatividade
Mais do que números e estatísticas, a caminhada de Endrick carrega outro valor: a representatividade. Em um esporte marcado por desigualdades e onde jovens negros enfrentam barreiras dentro e fora de campo, sua presença no maior clube do mundo tem um peso imenso. Endrick não é apenas uma promessa do futebol brasileiro, mas também um espelho para muitos meninos e meninas que sonham em vencer pelo talento, pela coragem e pela identidade que carregam.
O futuro ainda está em construção, mas o primeiro ano de Endrick no Real Madrid já mostrou que ele não é só mais um jogador. Ele é a prova viva de que novas gerações negras podem ocupar lugares de protagonismo e transformar o futebol em palco de inspiração e representatividade.