A enfermeira Luciana Ponsiano denunciou ter sido alvo de racismo após reclamar da qualidade de um serviço de limpeza em seu apartamento, em Goiânia. De acordo com a TV Anhanguera, a diarista contratada enviou mensagens ofensivas, chamando Luciana de “cabelo de bombril” e afirmando: “branco nunca me encheu tanto o saco”. A Polícia Civil investiga o caso, mas não revelou o nome da suspeita.
Luciana explicou que contratou a diarista por indicação de uma vizinha, combinando data e valor. No dia do serviço, telefonou para perguntar se a profissional aceitaria almoçar no local, mas recebeu uma resposta negativa. A diarista disse que terminou o trabalho rapidamente porque o apartamento estava “muito limpinho”.
Ao chegar em casa, a enfermeira percebeu que a limpeza estava mal feita e enviou vídeos mostrando as áreas sujas. A diarista, no entanto, reagiu com insultos racistas, escrevendo em uma das mensagens: “Você é chata porque é de cor”.
Questionada sobre o preconceito, a profissional confirmou: “Demais, do seu jeito sim, que reclama, que fica exigindo. A sua raça é isso aí, não se espera mais nada”. As mensagens foram repassadas às autoridades como prova do crime.
O caso vai além de uma discussão sobre a qualidade do serviço, configurando um crime de injúria racial. A situação expõe como o racismo pode surgir em diferentes contextos, inclusive em relações de trabalho.
O ocorrido reforça a necessidade de combater o preconceito em todas as suas formas, destacando que o racismo persiste na sociedade, independentemente de classe social ou situação. A polícia segue investigando as denúncias.