Escritora Conceição Evaristo é homenageada no II Festival da Palavra de Curitiba

II Festival da Palavra de Curitiba é realizado pela Prefeitura de Curitiba @curitiba_pmc, Instituto Curitiba de Arte e Cultura e Fundação Cultura de Curitiba e tem o apoio das instituições Solar do Rosário, Academia Paranaense de Letras, Escola de Escrita, Editora Dublinense, Instituto Cervantes, Cátedra de Estudos Irlandeses W.B Yeats e Amora e Aliança Francesa.

Nesta segunda edição o festival vai homenagear a escritora Conceição Evaristo que fará a abertura da programação neste domingo (16). O Festival é um evento literário que terá a participação de grandes escritores da literatura nacional e internacional. A palestra de Conceição Evaristo será no Memorial de Curitiba onde ocorre o evento, às 19h30.

Além da palestra, a escritora será homenageada através de músicas baseadas em seus próprios textos e guiadas musicalmente pelo maestro Caio Guimarães. Rubia Divino, Janine Mathias e Katia Drumond serão as cantoras que vão interpretar as canções feitas especialmente para a ocasião.

Conceição Evaristo é poeta, romancista, contista e uma das principais expoentes da literatura contemporânea brasileira, além de importante estudiosa da teoria literária afro-brasileira. Premiada, se destacou por vencer em 2015 o Prêmio Jabuti e em 2019 ser proclamada Personalidade Literária do Ano. Sua estreia na literatura ocorreu em 1990 com a série Cadernos Negros.

Nascida em uma periferia de Belo Horizonte em 1946, teve uma infância e adolescência difícil, de pobreza extrema, mesmo assim trilhou um caminho vitorioso, no qual começou trabalhando como empregada doméstica enquanto cursava o ensino médio. Sua vida foi transformada a partir de 1973 quando veio mora no Rio de Janeiro e se formou em Letras pela UFRJ, seguindo com mestrado e doutorado e também lecionava na rede pública do Rio.

Já escritora, Conceição Evaristo dedicava a maioria de suas personagens às protagonistas mulheres e negras, sempre discutindo sobre as desigualdades raciais e sociais, utilizando seus textos como ferramenta para denúncias contra opressão e valorização da ancestralidade da negritude do povo brasileiro. Em suas obras, ela destaca a discriminação de classe, gênero e raça, bem como a exclusão do negro desde a época da escravatura, esse é o pondo principal de seu livro “Ponciá Vicêncio” de 2003.