Revista Raça Brasil

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Espetáculo de dança discute o genocídio negro

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Rachel Quintiliano

Editora do Portal Raça. Jornalista e escritora com quase 30 anos de experiência, tanto na comunicação corporativa quanto da imprensa, especialmente imprensa negra. Autora do livro ‘Negra percepção: sobre mim e nós na pandemia’. É responsável por planejar os conteúdos do portal, assegurando a linha editorial e estratégia narrativa do grupo RAÇA.

Com direção artística, direção coreográfica e concepção do espetáculo de Gal Martins e grande elenco, o espetáculo surgiu a partir de visita de Gal Martins ao Cemitério dos Pretos Novos e discute genocídio negro

Estreia no próximo sábado (29), em São Paulo, o espetáculo de dança que discute o genocídio negro. Produzido pela Cia. Sansacroma, sob o título “Vala: corpos negros e sobrevidas”, denuncia o genocídio de pessoas pretas ao longo de tempo e explica por intermédio da dança como a estrutura social foi justificando e moldando novos valores, a urbanidade, a civilidade, a segurança pública e a política de morte, em outras palavras a negropolítica.

Com direção artística, direção coreográfica e concepção do espetáculo de Gal Martins e grande elenco, o espetáculo surgiu a partir de visita de Gal Martins ao Cemitério dos Pretos Novos, localizado no bairro da Gamboa no Rio de Janeiro que “guarda” mais de 20 mil corpos de pessoas escravizadas.

Eu fiquei muito mexida porque há uma energia muito forte naquele lugar. Então tive a ideia de criar o Vala. É um espetáculo que fala de morte da população negra. A ideia do espetáculo é justamente falar que fomos enterrados, mas apesar de tudo, temos sobrevidas. Esse enterro não é literal, mas simboliza a tentativa de matar nossa ancestralidade, construindo a ideia do corpo oco a partir da política de violência instalada no país. E como pessoas pretas temos que renascer constantemente”, disse Gal Martins. 

Conforme os organizadores do evento, o espetáculo fala de morte, ao trazer o genocídio negro, mas, ao mesmo tempo, fala sobre a vida.

Medidas de segurança

O espetáculo entra em cartaz no sábado (29) e fica até 6 de fevereiro, no SESC Belenzinho. Organizadores informaram que o uso de máscara é obrigatório. Em todas as unidades do SESC no estado de São Paulo é necessário apresentar comprovante de vacinação contra a Covid-19. 

O SESC alerta que devido ao atual cenário pandêmico, datas estão sujeitas a alterações. O SESC orienta os interessados no espetáculo consultar sescsp.org.br/belenzinho e @sescbelenzinho no Facebook e Instagram para atualizações.

Foto: divulgação/Lua Santana. 

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