Filho de Martinho da Vila chama polícia após sofrer racismo: ‘É crime’

Tunico da Vila afirmou que sofreu racismo de um vendedor no bairro de Jardim da Penha, em Vitória. O filho de Martinho da Vila disse que o homem inicialmente gritou com sua mulher e, em seguida, o mandou “voltar para a favela”. O músico explicou que vai tomar as medidas cabíveis. “É crime”, lamentou.

O sambista explicou na noite de sexta (20) que entrou em contato com a Polícia Civil, já que tem vídeos e testemunhas da agressão. Ele ressaltou que vai fazer uma denúncia formal.

Tunico estava passeando pela Avenida Anísio Fernandes Coelho, popularmente conhecida como Rua da Lama, com o seu porco de estimação. A região é próxima à Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e conhecida por abrigar diversos bares.

“Eu acabei de sofrer racismo aqui na Rua da Lama por um idiota que falou para eu voltar para a favela. Uma injúria racial. Estou passeando com meu porco. [O agressor] já tinha sido grosso com minha esposa e foi gritar com ela. Ele então falou: ‘volta para favela, lá é seu lugar”. E o pior, ele é pardo”, desabafou.

Segundo Tunico, ele foi atendido por policiais militares e vai se encaminhar para uma delegacia a fim de tomar providências:

Tenho vídeos e testemunhas, mas isso somente na delegacia. Se sofrer racismo, por mais que você tenha vontade, não agrida. Chame a Polícia Militar. para que eles façam a parte deles. Isso porque passeamos com o Soba [porco de estimação]. Racismo é crime inafiançável e injúria racial dá problema. Racistas não passarão.

“Agradeço a compreensão dos PMs que me atenderam e agora tenho que me cuidar, mas amanhã estarei na Polícia Civil. Racismo é crime. Ando sim com minhas guias de orixá porque isso não me envergonha”, completou.

“Como se a Favela fosse um lugar apenas de traficantes ou milicianos.
Como se na favela não morasse gente do bem! Como ser favelado é vergonhoso! Vou em qualquer Morro em qualquer favela porque lá nas favelas aprendi e aprendo o que é a poesia”, arrematou.

Procurada pela reportagem, a Polícia Civil do Espírito orientou quaisquer vítimas de racismo a registrar ocorrência pessoalmente ou por meio da Delegacia Online.

A Polícia Civil orienta que a vítima registre a ocorrência podendo comparecer pessoalmente a uma delegacia ou realizar o registro por meio da Delegacia Online, para que polícia tome ciência do caso e inicie as investigações.

 A população pode denunciar através do Disque-denúncia (181) qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajudem as polícias na elucidação de delitos ou infrações. A ligação é gratuita e pode ser realizada em qualquer município do Estado.

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