A história do Brasil é marcada por lutas de resistência que nem sempre ganharam espaço nos livros — mas agora chegam às telas do cinema. No dia 2 de outubro, estreia “Malês”, longa dirigido por Antonio Pitanga, que revive a Revolta dos Malês, o maior levante de pessoas escravizadas da história do país, ocorrido em Salvador em 1835.
Mais do que um filme, “Malês” é um convite para lembrar e honrar a coragem de homens e mulheres negros que, mesmo diante de dor e opressão, se uniram em busca de liberdade.
O elenco reúne grandes nomes, como Camila Pitanga, Rocco Pitanga, Bukassa Kabengele, Samira Carvalho e Rodrigo de Odé. O roteiro é assinado por Manuela Dias, que imprime sensibilidade e intensidade à narrativa.
Na produção, Antonio Pitanga interpreta Pacífico Licutan, líder que acreditava no poder da união entre diferentes etnias e religiões para enfrentar a escravidão e sonhar com um futuro livre.
A rebelião, organizada por africanos muçulmanos — os malês —, mobilizou Salvador e se tornou símbolo de resistência, mesmo após ser brutalmente reprimida.
“Malês” não é apenas cinema: é memória viva, representatividade e a reafirmação da força do povo negro em nossa história.