Fundo Baobá vai destinar recursos para organizações quilombolas

Inscrições para edital Quilombolas em Defesa: Vidas, Direitos e Justiça que vai destinar R$ 1.050 milhão para 35 organizações encerram na segunda (25)

As organizações quilombolas têm até a próxima segunda (25/10) para se inscrever no edital Quilombolas em Defesa: Vidas, Direitos e Justiça, uma parceria entre o Fundo Baobá para Equidade Racial e a Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas). O edital Quilombolas em Defesa: Vidas, Direitos e Justiça tem como objetivos promover a sustentabilidade econômica nas comunidades, a geração de renda, promover a soberania e a segurança alimentar, além de defender os direitos quilombolas nas comunidades.

Fundo Baobá, Fundo Brasil de Direitos Humanos e Fundo Casa Socioambiental que, juntos, constituem a Aliança entre Fundos , atuam em prol da justiça racial, justiça social e justiça ambiental. As ações da Aliança são financiadas pela Fundação Interamericana (IAF). Os três, com editais independentes, pretendem contribuir na redução dos impactos que as crises sanitária e econômica vêm ocasionando nos povos indígenas, comunidades quilombolas e outros povos tradicionais mais vulnerabilizados pela pandemia da COVID-19.

De acordo com a Conaq e o IBGE, o Brasil conta com cerca de 6 mil comunidades quilombolas. Dessas, apenas 2.819 já foram certificadas, estando 1.727 localizadas no Nordeste, 450 no Sudeste, 300 no Norte, 191 no Sul e 151 no Centro-Oeste.. Mais de 70% das comunidades quilombolas certificadas, que têm direito à terra coletiva, estão em quatro estados: Maranhão, Minas Gerais, Bahia e Pará. Segundo a Fundação Cultural Palmares, responsável pela emissão das certidões para as comunidades quilombolas e inclusão das mesmas em um cadastro geral, 3.475 comunidades quilombolas foram reconhecidas, porém ainda aguardam certificação (2196 no Nordeste, 547 no Sudeste, 369 no Norte, 193 no Sul e 169 no Centro-Oeste). Os quilombolas têm, em sua maioria, a agricultura e a pecuária como principais atividades econômicas. A preservação de sua cultura vem da oralidade ancestral e da resistência que têm exercido ao longo de suas existências.

“Para nós do Fundo Baobá este edital é um marco. Estamos celebrando 10 anos e será a primeira vez que teremos um edital exclusivo para quilombolas. O edital foi todo desenhado em parceria com a Conaq e se apresenta como uma grande oportunidade para fortalecer as estratégias de ativismo, resistência e resiliência das comunidades quilombolas no contexto da pandemia da covid-19. Sabemos que as organizações de base comunitária nem sempre conseguem acessar recursos, em especial organizações comunitárias lideradas e constituídas por povos tradicionais, por isso o edital também é uma oportunidade para contribuir no aprimoramento da filantropia para justiça social”, afirmou a diretora de Programa do Fundo Baobá, Fernanda Lopes.

Entidades e valor do apoio

Apenas organizações lideradas e constituídas por quilombolas poderão se inscrever. Essa é a principal premissa do edital. Os recursos financeiros e o apoio técnico irão para a base comunitária. Serão apoiadas até 35 (trinta e cinco) iniciativas. Para cada uma caberá um montante de R$ 30.000 (trinta mil reais), perfazendo R$ 1.050.000 (Um milhão e cinquenta mil reais). As organizações selecionadas também irão receber investimentos indiretos por meio de assessoria e apoio técnico visando seu fortalecimento institucional. O edital completo poderá ser lido neste link .

Inscrições

As inscrições para o edital Quilombolas em Defesa: Vidas, Direitos e Justiça começaram no dia 23 de setembro e vão até as 23h59 da próxima segunda (25), horário de Brasília. As demais fases do processo seletivo estão descritas no edital.

Para se inscrever basta acessar o site oficial do edital.

Eixos Temáticos

Cada organização deve apresentar apenas uma proposta que verse sobre um dos eixos temáticos propostos:

• Recuperação e sustentabilidade econômica nas comunidades quilombolas;

• Promoção da soberania e segurança alimentar nas comunidades quilombolas;

• Resiliência comunitária e defesa dos direitos quilombolas.

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