Revista Raça Brasil

Compartilhe

Ginga celebra a ancestralidade e impulsiona o protagonismo preto na música brasileira

Neste domingo (19), o Conservatório de MPB de Curitiba vai pulsar diferente. Vai vibrar no ritmo da ancestralidade, da força e da criatividade preta com a primeira edição do Ginga — Ancestralizando o Mercado da Música.

Idealizado e com curadoria de Rúbia Divino e Janine Mathias, o evento gratuito nasce como um espaço de escuta, partilha e valorização — um lugar para que artistas e empreendedores negros, sobretudo do Sul, possam se reconhecer, se conectar e potencializar a Música Preta Brasileira.

O Ginga não é apenas sobre arte, mas sobre pertencimento e legado. É sobre recontar histórias a partir de quem as viveu, sobre criar caminhos onde antes só havia barreiras.

“Percebemos que ainda falta diálogo sobre negócios afrocentrados dentro da arte. Queremos mudar isso, ancestralizando o mercado e ocupando espaços com a força da nossa identidade”, explicam as organizadoras.

Em um setor que ainda reflete desigualdades e estereótipos, o Ginga vem como ato de resistência e celebração — um encontro de vozes que, juntas, reafirmam que a música preta não é apenas um gênero: é origem, é movimento, é pulsação.

A programação foi pensada para inspirar e transformar. O evento começa com o som da DJ Mitay (PR), seguido pela roda de conversa Inovação Negra: Ampliando Mercados Possíveis, com Gab Marinho (SP), Faraó Record (PR), Bebé Pacheco (SP) e Wes Ventura (PR), mediada por Rúbia Divino (PR). O encerramento será com o show Wes Ventura convida Bebé Pacheco, uma fusão de ritmos e ancestralidade.

Além das falas e apresentações, o espaço Gingando Negócios reunirá marcas e empreendedores negros — Ifé, Kemet, Brechó das Pretas, Orì, Rimon e Feira de Vinil — reafirmando o poder da economia criativa preta e o valor de consumir o que nasce das nossas mãos, memórias e histórias.

Mais do que um evento, o Ginga é uma corrente de afeto e resistência. Um lembrete de que o Brasil tem cor, tem batida, tem raiz — e que quando o povo preto se une, a arte se torna ferramenta de transformação.

Porque o futuro também é ancestral. E ele dança no ritmo da ginga.

Publicidade

Open chat
Preciso de Ajuda
Olá 👋
Podemos te ajudar?