Governo brasileiro admite expansão de grupos neonazistas no país

As informações foram enviadas à Organização das Nações Unidas pelo Itamaraty e fazem parte de um informe que será debatido na segunda-feira, durante o Conselho de Direitos Humanos, em Genebra

Dados brasileiros enviados à Organização das Nações Unidas mostram que grupos neonazistas ganharam força no país a partir dos anos 80, as informações também apontam que esses grupos continuam ativos no Brasil. As informações foram divulgadas através de um informe da ONU que será debatido no Conselho de Direitos Humanos, nesta segunda-feira (4), em Genebra.

O documento, liderado pela relatora da ONU, Tendayi Achiume, reúne dados nacionais da situação de movimentos de tendências neonazistas, solicitados pelos organizadores para cada governo, com o objetivo de mapear o cenário internacional e oferecer uma resposta.

O texto final da ONU cita trechos das respostas enviadas pelo Itamaraty que mencionam a intensificação dos grupos neonazistas: “Desde os anos 1980, o movimento neonazista se intensificou no Brasil. Ele continuou ativo e incluiu mais de 12 grupos”, resume o trecho.

A relatoria das Nações Unidas avaliou, também, a promoção de discursos de ódio com o uso de novas tecnologias e como as plataformas digitais são ineficientes em dar uma resposta a essas tendências. O Brasil, porém, ignorou a promoção de discursos de ódio feitas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, seus ministros e aliados.

O presidente dá sinais de que teria certa empatia com esses grupos ao receber, por exemplo, a visita da deputada alemã de extrema direita e neta do ministro de Finanças de Adolf Hitler.

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