Grandes cantoras sul-americanas

Veja a história de algumas das divas da música sul-americana

 

TEXTO: Oswaldo Faustino | FOTOS: Divulgação | Adaptação web: David Pereira

A cantora peruana, Susana Baca | FOTO: Divulgação

A cantora peruana, Susana Baca | FOTO: Divulgação

Veja a história de algumas importantes cantoras sul-americanas:
Susana Baca: Peruana e personagem-chave no revigoramento e internacionalização da música negra de seu país. Seu CD The Soul of Black Peru, lançado em 1995, é considerado um marco. Em 2002, o CD Lamento Negro conquistou o Grammy de Melhor Álbum Folk e o título de Melhor Álbum de World Music. Com o marido, o boliviano Ricardo Pereyra, ela fundou o Instituto Negro Contínuo, na capital Lima, que busca recolher, criar e preservar a arte e a cultura afro-peruana.

Chabuca Granda (María Isabel Granda Larco): A pele branca não compromete a importância da cantora, poeta e folclorista na disseminação da cultura do Peru. Nascida numa área de mineração, de grande concentração de população negra, não se deixou impressionar com o ambiente afrancesado que as condições econômico-sociais familiares lhe proporcionaram. Convivendo com artistas como a chilena Violeta Parra e o peruano Javier Heraud, ela dedicou-se a uma poesia de cunho social profundo, dominando a estética negra e buscando sempre revelar autores anônimos no renascimento da música afro-peruana. Chabuca faleceu em 1983, aos 63 anos.

Lágrima Rios (Lida Melba Benavídez Tabárez): a grande voz do candombe (música e dança afro-uruguaias), que também se popularizou cantando tangos. Falecida em 2006, aos 82 anos, Lágrima Rios era filha de um trabalhador portuário com uma empregada doméstica. Como todos sabem, o tango se originou nas áreas de portos da Argentina e do Uruguai e, durante muito tempo, foi conhecido como “música de negro”. Rios criou uma organização social chamada Mundo Afro, de apoio à comunidade negra e de defesa da cultura afro-uruguaia. Com uma imagem, por vezes, considerada extravagante, ela inspirou muitos caricaturistas. Num programa de TV sobre sua organização, ela fez dueto com a cantora norte-americana Mary Wilson, ex-The Supremes, e com o ator Danny Glover. Poucos dias antes de partir, Lágrima Rios declarou: “Deus me tirou muitas coisa, mas me presenteou com uma garganta que, através dos anos, manteve sua pureza e, ainda hoje me permite apresentar-me ao público e receber muitos aplausos”.

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