Há uma década Antônio Pitanga busca apoio para filme sobre a Revolta dos Malês

Com Camila Pitanga e Rocco Pitanga, filhos de Antônio, Lázaro Ramos e Patrícia Pillar no elenco, longa já tem 30% das cenas gravadas

Aos 82 anos, o ator Antônio Pitanga está em busca de apoio para financiar um longa metragem que vai contar a história do maior levante promovido por escravizados no Brasil colonial contra a escravidão e pela liberdade religiosa na Bahia, a Revolta dos Malês. De acordo com Pitanga, o filme está em seus planos desde os anos 80, ele afirma que essa era uma ideia compartilhada com o diretor Glauber Rocha, falecido em 1981 e de quem Antônio Pitanga era amigo.

Apesar de ser um ator renomado, com mais de 50 filmes e mais de 30 novelas e séries no currículo, a busca de Antônio Pitanga por financiamento já dura dez anos, mas o ator não desanima “Se eu trouxesse o ‘não’ para mim teria ficado pelo caminho”. Ele assina a direção do filme e interpreta o griô Licutã.

“Malês custa R$ 9 milhões. É um filme de época, precisa de um trabalho para isso. Estou apelando para que haja um apoio. Está mais do que na hora de tocar esse projeto de Brasil”. Pitanga também conta que cerca de 90% do elenco do filme é formado por atores negros.

Mesmo com todas as dificuldades para obter apoio financeiro, as filmagens do longa sobre o levante na Bahia começaram no início de 2021. De acordo com o diretor, 30% do filme já está concluído, com cenas filmadas no Rio de Janeiro. “As cenas mais importantes estão em Salvador, algumas em ruas do Pelourinho”, disse em entrevista.

Heraldo de Deus e Edvana Carvalho estão entre os atores baianos que fazem parte do elenco, além de nomes como Camila Pitanga e Rocco Pitanga – filhos de Antônio – Lázaro Ramos e Patrícia Pillar. O roteiro é de Manuela DIas, autora de tramas como a novela Amor de Mãe, transmitida pela TV Globo.

As filmagens em Salvador começam em janeiro de 2022. Para Antônio Pitanga, o desprezo pela consciência sobre a história é um dos motivos que dificultam conseguir poio financeiro. “Como conseguir apoio desses governantes atuais para um filme desses? Não se quer consciência. Mas somos lutadores e acreditamos. Quero que esse filme seja um movimento baiano”, afirma.

Com informações do Correio da Bahia.

Comentários

Comentários

About Author /

Start typing and press Enter to search

Open chat
Preciso de Ajuda
Olá 👋
Podemos te ajudar?