A abolicionista que libertou centenas de pessoas escravizadas segue sendo homenageada por sua coragem, estratégia e legado na luta por justiça racial nos Estados Unidos
Harriet Tubman foi uma das figuras mais importantes da luta contra a escravidão nos Estados Unidos. Nascida em 1822, em Maryland, Tubman escapou da escravidão e, mesmo diante de todos os riscos, retornou diversas vezes ao sul do país para ajudar outras pessoas escravizadas a fugirem por meio da chamada Underground Railroad, uma rede secreta de rotas e abrigos.
Ao todo, estima-se que Harriet Tubman tenha libertado cerca de 300 pessoas. Ela ficou conhecida como “Moisés” e nunca perdeu um único “passageiro” durante as viagens clandestinas. Além disso, atuou como espiã, enfermeira e cozinheira durante a Guerra Civil Americana, sempre comprometida com a liberdade e a justiça.
Mesmo após o fim da escravidão, Tubman seguiu lutando por direitos civis, especialmente pelos direitos das mulheres negras. Em 2021, os Estados Unidos anunciaram planos para estampar seu rosto na nota de 20 dólares — uma forma simbólica de reconhecer sua coragem e legado. Harriet Tubman morreu em 1913, mas sua história segue inspirando gerações na luta por igualdade.
No bairro do Harlem, em Nova York, um monumento em sua homenagem eterniza seu legado. A escultura, inaugurada em 2008, mostra Tubman em movimento, com raízes e correntes se desprendendo de seu vestido — uma representação simbólica de libertação. Criada pela artista Alison Saar, a obra é considerada um dos marcos mais potentes da memória negra nos espaços públicos da cidade.