Revista Raça Brasil

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Homem que praticou racismo contra jornalista é condenado – quase um ano depois do ocorrido

A Justiça levou um ano para decidir pela condenação, após o ato racista cometido no estádio Couto Pereira, em Curitiba

Alcione Tessari, de 65 anos, foi condenado pela Justiça do Paraná pelo crime de racismo. A pena é de três anos e 28 dias, em regime semiaberto. O condenado praticou atos de racismo no estádio Couto Pereira, durante a partida entre Coritiba e Brusque, no dia 28 de abril do ano passado.

A vítima foi o fotojornalista Franklin de Freitas, do portal Bem Paraná, e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR). O criminoso gritou “preto filho da puta” durante a partida e, quando a vítima o olhou, ele reiterou as ofensas.

O Brasil registrou 5.552 processos criminais relacionados ao mesmo crime em 2024, o maior número desde o início da série histórica, em 2020. O aumento foi de 64% em comparação com 2023, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgados no gov.br.

 

O levantamento também revela que 12.095 processos como este ainda estão pendentes de julgamento em todo o país – 98% deles tramitam na Justiça estadual. Os números destacam a escalada de denúncias e a lentidão do sistema judicial no combate ao crime de racismo. A condenação tardia, às vésperas da marca de 1 ano de quando o crime foi cometido, ilustra essa lentidão por parte do judiciário.

 

O crime foi reportado à Polícia Civil (PC), que instaurou o inquérito. Seguindo a Lei Municipal Vini jr, o processo avançou e por fim a condenação aconteceu. No entanto, Alcione Tessari pode recorrer em liberdade.

 

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