Revista Raça Brasil

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Iphan analisa desfiles da Sapucaí como patrimônio cultural

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) recebeu, na última sexta-feira (29), o pedido formal de registro dos desfiles das escolas de samba da Marquês de Sapucaí como Patrimônio Cultural do Brasil. O documento foi entregue por representantes da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) ao presidente do Iphan, Leandro Grass, e ao diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial, Deyvesson Gusmão. A cerimônia contou com a presença de casais de mestre-sala e porta-bandeira das escolas de samba do Rio de Janeiro, além de representantes do Ministério da Cultura.

A Marquês de Sapucaí, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, é tombada pelo Iphan desde 2021. Além disso, as Matrizes do Samba no Rio de Janeiro — partido alto, samba de terreiro e samba-enredo — foram reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2007. O pedido de registro dos desfiles busca consolidar ainda mais a importância cultural e histórica do Carnaval carioca.

O presidente do Iphan destacou que os desfiles das escolas de samba ensinam muito com cada enredo, cada desfile, com histórias de pessoas importantes, de lugares marcantes e de memórias esquecidas. Ele ressaltou que trazer tudo isso para a Sapucaí nos lembra de onde viemos e das histórias que foram apagadas, afirmando que o Brasil é outro graças a isso.

A diretora cultural da Liesa, Evelyn Bastos, enfatizou a importância de reconhecer o saber empírico de todas as pessoas que trabalham nos bastidores dos desfiles, como costureiras e mestres de bateria, destacando que esse é um saber ancestral que passa de pai para filho. Ela destacou que são essas pessoas que constroem o que é conhecido como o maior espetáculo a céu aberto do planeta.

O pedido de registro é o primeiro estágio de um processo que envolve diversas etapas, incluindo análises técnicas e pesquisa etnográfica. Posteriormente, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão colegiado de decisão máxima do Iphan para assuntos relacionados a patrimônios culturais materiais e imateriais, avaliará o pedido e decidirá sobre o reconhecimento.

Em uma visita realizada na quinta-feira (28), representantes do Iphan e do Ministério da Cultura conheceram os protótipos para o Carnaval 2026 da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, que homenageará o Bembé do Mercado, registrado pelo Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2019.

 

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