A presença de Iza na Cidade do Samba, na sexta-feira (28), não foi apenas um espetáculo — foi um símbolo. Ao participar do minidesfile da Imperatriz Leopoldinense no primeiro dia das comemorações do Dia Nacional do Samba, a cantora reafirmou seu espaço e sua importância em um dos pilares culturais mais fortes do país: o carnaval.
Diante de um público que vibrou do início ao fim, Iza mostrou porque se tornou uma figura tão querida no samba e no carnaval carioca. Sambou com naturalidade, emoção e força à frente da bateria Swing da Leopoldinense, comandada por Mestre Lolo. Em um momento cheio de carinho com a escola, ela ainda pegou o microfone do intérprete Pitty de Menezes para cantar trechos do samba-enredo que a Imperatriz levará para a Sapucaí em 2026.
Mas o brilho de Iza vai além da performance. Sua presença como mulher preta, talentosa e protagonista em um espaço historicamente marcado por desigualdades ressoa profundamente — especialmente no Dia Nacional do Samba, uma celebração que nasceu da resistência e das raízes negras do Brasil. Ver Iza ocupando esse lugar com orgulho, beleza e firmeza é também ver a cultura brasileira sendo contada com mais verdade.
O Carnaval de 2026 marcará seu retorno oficial ao posto de rainha de bateria da Imperatriz, que ela ocupou entre 2020 e 2022. Para muitos fãs e integrantes da escola, tê-la de volta significa reafirmar valores de identidade, ancestralidade e representatividade que o carnaval carrega em sua essência.
A Imperatriz apresentará o enredo “Camaleônico”, uma homenagem a Ney Matogrosso, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira. Um projeto que, segundo a escola, busca celebrar a diversidade da cultura brasileira — algo que encontra eco natural na própria presença de Iza ali.
O evento do Dia Nacional do Samba continua neste sábado (29), com apresentações de Mocidade, Beija-Flor, Viradouro e Unidos da Tijuca. No domingo (30), Paraíso do Tuiuti, Vila Isabel, Grande Rio e Salgueiro encerram a festa na Cidade do Samba.
