Revista Raça Brasil

Compartilhe

Liniker e Linn: irmandade, afeto e representatividade que inspira

A amizade entre Liniker e Linn da Quebrada é daquelas que aquecem a cena musical brasileira e mostram, na prática, o quanto o afeto pode transformar vidas e trajetórias. Mais do que dividir palcos e projetos, elas dividem história, casa, caminhos e abraços — daqueles que sustentam a gente quando o mundo pesa.

Elas já moraram juntas, passaram Réveillons em Salvador, compartilharam processos criativos, descobriram novas versões de si mesmas lado a lado e construíram uma irmandade que vai muito além da arte.

Quando Liniker saiu de Araraquara para São Paulo, foi Linn quem abriu a porta — e também o peito. Ela ajudou a amiga a se encontrar na cidade grande, a reconhecer seus próprios desejos, a se permitir ser, aparecer e florescer. Foi guia, companheira e apoio.

Essa ligação profunda também virou arte. Em Goela (2019), o amor em suas formas mais amplas virou reflexão. No clipe de Intimidade, gravado no Copan, o cuidado entre elas é tão real que atravessa a câmera: o toque, o olhar, a presença.

“Com a Linn, foi possível falar de um amor que não é romântico, mas um amor de cuidado”, conta Liniker. Um amor que não sufoca — sustenta.

E esse carinho segue vivo. Em maio de 2025, Liniker estava nos bastidores para celebrar o retorno de Linn aos palcos com o show Trava Línguas, no SESC 14 Bis — um momento delicado depois de um período de afastamento para cuidar da saúde mental. A presença da amiga ali não era só apoio profissional. Era um “estou com você”, silencioso e firme.

É isso que essa amizade representa: comunidade, pertencimento, mãos que seguram antes mesmo de serem pedidas.

E quando Liniker encerrar o Festival Estilo Brasil no dia 14 de dezembro, ela leva junto essa energia — não só a musical, mas a afetiva. Porque a cena queer brasileira é sustentada justamente por laços como esse: profundos, fortes e cheios de amor.

Publicidade

Open chat
Preciso de Ajuda
Olá 👋
Podemos te ajudar?