Revista Raça Brasil

Compartilhe

Linn da Quebrada (foto: instagram)

Linn da Quebrada anuncia livro inspirado em seus diários e vive fase de reconstrução no Mês do Orgulho

Multiartista retoma os palcos e revela obra literária em gestação: “Me moldando com as próprias mãos, porque quero o melhor para mim”

Durante o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, Linn da Quebrada, cantora, atriz e uma das vozes mais potentes da arte contemporânea brasileira, revelou que está prestes a estrear também na literatura. Em entrevista à Glamour, Linn anunciou que vem trabalhando em seu primeiro livro, uma obra baseada em seus próprios diários, com publicação prevista pela Editora Planeta.

“Tenho escrito bastante e revisitado os meus diários, que vão virar um livro, a convite da Editora Planeta”, contou a artista, destacando que o processo tem sido um mergulho profundo em sua história e subjetividade. “Tenho me voltado não só a mim, mas a outras versões minhas também.”

A notícia chega em um momento simbólico, marcado não apenas pela visibilidade das pautas LGBTQIAPN+, mas também por uma nova etapa na vida pessoal e profissional da artista. Após enfrentar um período delicado de saúde mental e dependência química, Linn compartilhou com a Revista Raça que está em recuperação e reencontrando forças para estar em cena novamente.

“É como morfar e me tornar a Linn da Quebrada de novo. Estar diante do público e me vestir de mim mesma. Sinto que estou reaprendendo a me ser”, declarou.

Linn tem vivido esse recomeço de maneira artística, sensível e consciente. Sua volta aos palcos e sua imersão na escrita são, segundo ela, parte do mesmo gesto de reconstrução:

“Me vejo corajosamente assumindo o papel de artesã de mim mesma. Me moldando com as próprias mãos, porque quero o melhor para mim. Quero viver o que a vida tem de bom a me oferecer.”

A trajetória de Linn da Quebrada é marcada por rompimentos com normas de gênero, linguagem e estética. Desde sua estreia com o álbum Pajubá, ela tem usado sua arte para tensionar discursos e abrir caminhos para outras identidades dissidentes. Agora, ao transformar sua intimidade em literatura, continua exercendo um papel político e poético essencial: o de narrar a si mesma.

Publicidade

Open chat
Preciso de Ajuda
Olá 👋
Podemos te ajudar?