Depois de sete anos desde Liberte esse banzo, a artista fluminense Luciane Dom escolheu se reinventar — e desse processo nasceu Ludom, seu novo nome e também o título do álbum que marca uma nova fase da sua trajetória. O projeto chega às plataformas nesta terça-feira (5) e soa como um grito íntimo, uma oração e um manifesto.
Ludom não canta apenas para entreter — ela canta para existir. Em Ludom, suas vivências ganham forma em onze faixas autorais, tecidas entre o afrobeat, a MPB, o rap e o gospel, numa mistura que tem alma, identidade e propósito. É um álbum sobre olhar para dentro e transformar dores, dúvidas e lutas em arte.
“Foram anos guardando sentimentos, histórias e fragmentos de mim. Esse disco é o que ficou depois das tempestades — é o que eu sou quando o silêncio fala mais alto”, revela a artista.
Produzido por Davidson Ilarindo, Felipe Rodarte, Rodrigo Ferreira e Theo Zagrae, o álbum traz músicas que atravessam fronteiras — líricas e sonoras. Em faixas como Eu vi na TV, Ludom expõe as feridas sociais que presenciou em Porto Rico durante as manifestações de 2021. Já A Rua fala sobre a América Latina que resiste, e As coisas são, parceria com Bia Ferreira, reafirma o poder de uma voz negra e feminina em meio ao caos.
Entre críticas sociais, amor e espiritualidade, Ludom também encontra espaço para a vulnerabilidade — em canções como I Shrug e Can’t Hide, compostas em inglês, nascidas da solidão e da busca por sentido durante a pandemia.
Os singles Toda intensa e Calôbaixô já haviam dado pistas do que estava por vir, mas agora o álbum completo mostra: Ludom não é só um nome novo, é uma mulher nova — mais forte, mais inteira e, acima de tudo, mais livre.





