Lúpus: cresce o índice em jovens negras

EDIÇÃO 208

Doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, o Lúpus, se não tratado adequadamente, pode matar. A doença pode se manifestar em pessoas de qualquer idade, raça e sexo. No entanto, afeta desproporcionalmente mulheres jovens negras e em uma idade relativamente precoce, segundo pesquisadores americanos. Estudos realizados em Atlanta e Michigan concluíram que afrodescendentes tiveram um aumento da proporção de doença renal lúpus e as mulheres negras desenvolvem lúpus mais cedo do que as mulheres brancas. A incidência chega a ser três a quatro vezes maior entre 15 e 40 anos.

As principais formas da doença são:

Lúpus Discoide: esse tipo de lúpus fica limitado à pele da pessoa;

Lúpus Sistêmico: esse tipo de lúpus é o mais comum e pode ser leve ou grave, conforme cada situação;

Lúpus induzido por drogas: essa forma do Lúpus tende a desaparecer assim que o uso da substância terminar.

Não se sabe ao certo o que causa a doença, tendo em vista que ataca o sistema imunológico e destrói tecidos saudáveis do próprio corpo, um comportamento anormal do organismo.

No entanto, estudos apontam que as doenças autoimunes podem ser uma combinação de fatores: hormonais, infecciosos, genéticos e ambientais.

Os sintomas mais comuns são fadiga, febre, dor articular, edema e rigidez muscular, dificuldade para respirar, dor no peito ao inspirar profundamente, sensibilidade à luz solar, dor de cabeça, confusão mental, perda de memória,
queda de cabelo e desconforto geral. Todos variam de acordo com a parte do organismo afetada pela doença.

Ainda não há nenhum exame ou teste específico para diagnosticar o Lúpus, mas isso pode ser feito com segurança a partir de exames de sangue, urina e dos sintomas clínicos apresentados ao médico durante exame físico. “O tratamento do Lúpus, assim como para outras doenças crônicas, é mais paliativo e tem por objetivo controlar os sintomas, melhorando a qualidade de vida da pessoa. Em casos de Lúpus grave com risco de morte, são utilizadas altas doses de medicamentos específicos, mas que também têm efeitos colaterais graves e exigem monitoramento médico especialista frequente e constante”, segundo a reumatologista Dra. Deise Herrera Righi.

Comentários

Comentários

About Author /

Start typing and press Enter to search

Open chat
Preciso de Ajuda
Olá 👋
Podemos te ajudar?