Madeleine à Paris, filme tem pré-estreia na Cidade Luz

A cineasta baiana radicada na França, Liliane Mutti @liliane_mutti descreveu sua obra como um “road-movie afro-queer entre Paris e a Bahia”, que conta a história do artista baiano que idealizou e integrou a Lavagem de Madeleine, a maior manifestação afro-brasileira na Europa. A pré-estreia mundial foi no dia 13 de setembro, na capital francesa, juntamente com a programação anual da festa.

Cortejo afro-brasileiro retratado, junto ao seu criador @robertinhoparis Robertinho Chaves, o multiartista queer, andrógino, filho de santo no Candomblé, que há 30 anos saiu do Recôncavo Baiano para trabalhar e viver de suas artes em Paris.  A cineasta revela: “O filme mergulha no personagem de Robertinho, que a noite encarna o arlequim do cabaré Paradis Latin (Paraíso Latin) e de dia é um filho de santo. Através dessas facetas, o filme mostra como a nova tradição, lavar as escadarias de igrejas em Paris, coloca o Candomblé nas ruas da capital francesa”.

Em uma sessão-solenidade, o filme que mistura Bahia e Paris foi exibido na Embaixada Brasileira na França, para um público seleto incluindo a embaixadora Paula Alves de Souza, delegada permanente do Brasil junto à UNESCO, que lembrar que a Lavagem de Madeleine faz parte da Rota dos Escravizados da entidade. O longa-metragem chega aos cinemas de seis capitais brasileiras, distribuído pela @bretzfilmes Bretz Films. O filme tem versões em francês e português, e traz histórias e simbologias sobre Santa Madalena, pela ótica feminista da diretora.

 No filme, Robertinho, a vedete do Paradis Latin de Paris, encarna um orixá do cortejo afro-brasileiro e à noite se transforma em um arlequim que dá show no Cabaré. O artista de raízes de religião de matriz africana transita por vários mundos e busca a própria identidade. E traz a tona personagens da diáspora brasileira que apresenta o sincretismo de África-Brasil (Candomblé e Catolicismo) à Europa.

Por Sabrina Andrea @sabrandrea

Fotos: Eric Bromme @eric_bromme

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