Mãe descobre agressão contra filho de 4 anos por diretor de colégio

O que era para ser um ambiente de aprendizado e cuidado se tornou um pesadelo para uma família de Duque de Caxias (RJ). Um menino de 4 anos foi vítima de agressão dentro da escola infantil onde estudava, e o agressor era justamente o diretor da instituição. O caso veio à tona apenas este ano, quando a mãe recebeu um vídeo anônimo mostrando o filho sendo sacudido de forma violenta.

As imagens, registradas em 2024 no Jardim Escola Arco Íris do Gramacho, mostram a criança encostada na parede, de cabeça baixa e com as mãos atrás do corpo. Uma professora se aproxima e faz um gesto de carinho, passando a mão em sua cabeça. Segundos depois, um homem surge e puxa o menino pelo braço, sacudindo-o no ar várias vezes de forma agressiva.

Esse homem era Ananias Nogueira, diretor e dono da escola. A mãe do menino só descobriu a agressão quando um perfil anônimo no Instagram enviou o vídeo com uma mensagem “Se fosse com o meu filho, eu ficaria revoltada. Quero te mostrar isso”.

A mãe conta que o filho vinha apresentando mudanças no comportamento. Ele chorava, não queria ir para a escola e, às vezes, chegava com marcas no corpo. Quando questionava os responsáveis, recebia respostas vagas.

“Diziam que era pirraça, que ele mesmo se machucava. Eu acreditava porque não imaginava que algo assim pudesse acontecer dentro da escola.”

O menino tem diagnóstico de hiperatividade, e em abril de 2024, a família decidiu trocá-lo de escola. Antes disso, a instituição entregou um relatório afirmando que ele só poderia continuar matriculado se estivesse medicado e “mais calmo”.

Quando recebeu o vídeo, a mãe ficou em choque. “Me deu uma crise de ansiedade, eu não conseguia chorar. Só gritava muito no trabalho. A gente nunca imagina que nosso filho possa estar passando por isso.”

Assim que recebeu o vídeo, a família registrou um boletim de ocorrência na 59ª DP (Duque de Caxias). O caso segue em investigação e está sob sigilo.

O diretor da escola foi afastado, e a instituição emitiu uma nota afirmando que “não tolera nenhum ato de violência” e que o agressor seria “apenas um colaborador”. A defesa da escola diz ainda que medidas internas foram tomadas e que está colaborando com as autoridades.

O Conselho Tutelar acompanha o caso e reforça que a prioridade agora é garantir o acolhimento e o bem-estar do menino e de sua família.

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