Revista Raça Brasil

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Mãe e filha transformam lixo em lar e constroem casa que celebra a força das mulheres

Em Itamaracá, no litoral de Pernambuco, duas mulheres provaram que o amor e a coragem podem erguer muito mais do que paredes. Edna e Maria Gabrielly Dantas — mãe e filha — transformaram garrafas descartadas nas praias em um lar repleto de significado, construindo com as próprias mãos a chamada Casa de Sal.

O que começou como uma ideia para combater o acúmulo de lixo durante a pandemia se tornou um gesto de resistência e esperança. Foram mais de 8.000 garrafas de vidro incorporadas à estrutura da casa, além de madeira e outros materiais reciclados. Cada detalhe carrega a história de duas mulheres que se recusaram a esperar soluções externas e decidiram agir.

“Cada parede tem um pouco da gente — da força, da fé e do amor que a gente colocou aqui. Essa casa é nossa assinatura no mundo”, conta Edna, emocionada.

Mais do que uma moradia sustentável, a Casa de Sal é um marco de representatividade feminina em um espaço onde as mulheres ainda são subestimadas. Edna e Gabrielly enfrentaram olhares de dúvida e resistência em um setor dominado por homens, mas responderam com trabalho, criatividade e união.

“Disseram que a gente não ia conseguir. E foi aí que a gente teve ainda mais certeza de que precisava continuar. Queríamos mostrar que mulheres também constroem, também inovam, também transformam”, afirma Gabrielly.

O impacto do projeto vai além das paredes da casa. A iniciativa inspira moradores locais a repensarem o destino do lixo e incentiva outras mulheres a acreditarem na própria força. Além de reduzir resíduos nas praias da ilha, o projeto despertou a comunidade para a importância de cuidar do meio ambiente e valorizar soluções sustentáveis feitas por mãos femininas.

A Casa de Sal é o reflexo de um novo olhar sobre o futuro — um futuro onde sustentabilidade e representatividade caminham lado a lado.

Em meio ao brilho dos vidros e ao vento do litoral pernambucano, mãe e filha provaram que é possível transformar dor em criação, e lixo em poesia.

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