Sete anos após o assassinato de Anderson Gomes e Marielle Franco, as famílias das vítimas e todo o país ainda não têm a principal resposta sobre o autor intelectual do crime e suas motivações.
No final do ano passado, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados por Júri Popular pelo assassinato do motorista Anderson Gomes e da vereadora Marielle Franco. Contudo, uma nova etapa ainda precisa ser concluída para que o caso seja de fato solucionado.
Logo após a condenação dos assassinos, a ministra Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada, disse: “A gente não vai parar aqui. Em 2018, eu disse que honraria o sangue e a memória da minha irmã. E isso aqui hoje foi um grito que estava guardado na nossa garganta. Uma dor guardada no peito e no coração de cada homem e mulher que estão aqui. A gente vai lutar, não só pela Marielle e pelo Anderson, mas por um projeto que a gente acredita”.
Um ano após o assassinato, o caso foi capa da Revista RAÇA
A edição 206 da Revista RAÇA trouxe a família de Marielle Franco na capa. Na ocasião, em entrevista para a jornalista Flávia Cirino, a família destacou as ações de desrespeito à memória da vereadora.
“O nome de Marielle já está perpetuado. Mas tem seres humanos que primam em tentar difamar. Acredito eu que, por não conhecer a fundo a família e não conhecer a fundo a própria Marielle. Ela sempre primou em defender o próximo. Algumas pessoas que falam algumas palavras querendo manchar o nome de Marielle não têm caráter, escondem-se através de mídias para falar e tentar denegrir. Mas não vão conseguir porque a raiz de Marielle é muito profunda e isso não nos abala”, disse Antonio Francisco da Silva Neto, pai da vereadora assassinada.
Entenda o crime
Marielle Franco e Anderson Gomes foram brutalmente assassinados no dia 14 de março de 2018, após o cumprimento de uma agenda da vereadora, no centro da cidade do Rio de Janeiro.
Muitos tiros foram disparados, e 13 deles alcançaram o veículo que Anderson conduzia. Foi uma verdadeira emboscada, de modo que as vítimas não tiveram nenhuma chance de se defender.
No dia seguinte ao assassinato, as redes sociais foram inundadas por comentários caluniosos contra a vereadora e também por uma onda de apoio, inclusive internacional. As organizações de diversos segmentos de movimento social reivindicam até hoje a apuração do caso e a revelação das motivações e do mandante do crime.
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