Médico que fez vídeo com homem acorrentado será investigado por racismo

A delegacia especializada em crimes raciais de Goiânia deve receber inquérito policial

Depois da repercussão negativa do vídeo em que filma um homem negro, seu funcionário, acorrentado nas mãos, pés e pescoço, como escravizado, e debocha da situação, o médico Márcio Antônio Souza Júnior, será investigado por racismo.

Ele chegou a postar um vídeo nas redes sociais em que pede desculpas pelo que chamou de “zoeira” e “encenação”. O inquérito com a denúncia será encaminhado pela Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), em Goiânia.

Conhecido como Doutor Marcim na cidade de Goiás, antiga capital do estado, o médico grava o funcionário ‘acorrentado’ e diz: “Aí, ó, falei para ele estudar, mas ele não quer. Então, vai ficar na minha senzala”.

O funcionário que aparece acorrentado trabalha na fazenda do médico há três meses e, em depoimento, alegou que tudo não passou de uma brincadeira. O homem de 37 anos compareceu à delegacia acompanhado de um defensor público.

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