Revista Raça Brasil

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Foto: Getty Images

Rosetta Tharpe, ‘mãe” do Rock’n Roll, ganhará documentário produzido por Mick Jagger

A vida e o legado de Sister Rosetta Tharpe – considerada a “mãe do rock” por sua revolução musical nos anos 1930 – serão retratados em um novo documentário produzido por Mick Jagger. 

 

Nascida no Arkansas em 1915, Tharpe fundiu gospel com guitarra elétrica numa época em que mulheres negras raramente tinham espaço na música. Sua faixa “Strange Things Happening Every Day” (1944) foi o primeiro single gospel a entrar no top 10 da Billboard e é considerada por estudiosos o primeiro registro de rock da história. Seu estilo influenciou diretamente Chuck Berry, que adaptou seu slide distorcido e ritmo sincopado em clássicos como “Johnny B. Goode”.

 

Apesar disso, Tharpe foi relegada ao esquecimento enquanto discípulos brancos como Elvis Presley atingiam o estrelato. Um dos objetivos do documentário é corrigir essa narrativa, mostrando como ela desafiou normas de gênero ao dominar a guitarra em palcos dominados por homens; rompeu barreiras raciais ao gravar com músicos brancos nos anos 1940 e influenciou gerações de artistas, de Johnny Cash a Bob Dylan.

 

Apenas em 2018 Tharpe foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame – 45 anos após sua morte. Seu túmulo na Filadélfia permaneceu sem lápide até 2008, simbolizando décadas de apagamento

 

O projeto, roteirizado por Aunjanue Ellis-Taylor (indicada ao Oscar por King Richard), é desenvolvido pela Live Nation Productions em parceria com a Tribeca Studios, a Jagged Films (de Jagger) e a Inaudible Films.

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