Com mais de cem mortos, Moçambique clama por justiça eleitoral

Após as eleições gerais de outubro, a oposição contestou o resultado provisório que deu a vitória ao candidato da situação, Daniel Chapo, com 70% dos votos. Essa contestação desencadeou uma onda de protestos violentos, resultando em mais de 40 mortos e centenas de feridos.¹

A Comissão Nacional de Eleições divulgou o resultado, mas o Conselho Constitucional ainda não o proclamou oficialmente. Enquanto isso, o candidato Venâncio Mondlane, do Partido Podemos, convoca a população para protestar contra o resultado.

O embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra, descreve a situação como “tensa e imprevisível”. Ele afirma que a violência é difusa e não concentrada em um local específico, o que torna difícil prever o desfecho.

A oposição denuncia prisões políticas, violência policial e restrições aos direitos humanos. A situação é considerada inédita em Moçambique, onde a tradição de protestos não é comum.

A comunidade internacional, incluindo o Brasil, acompanha a situação com preocupação. O governo brasileiro aguarda o pronunciamento do Conselho Constitucional antes de se manifestar oficialmente.

Essa crise política e social em Moçambique levanta questões sobre a legitimidade do processo eleitoral, a liberdade de expressão e a proteção dos direitos humanos. É fundamental que a comunidade internacional continue acompanhando a situação e promovendo diálogo e soluções pacíficas.

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