Moda e empreendedorismo

Tenka Dara é uma mulher que pensa fora da caixa. Aos 39 anos, filha de militantes do movimento negro, ela está à frente da marca Baobá Brasil, e faz de seu trabalho, uma forma de expandir a cultura Africana e se colocar pelas causas negras.

Formada em artes cênicas e comunicação, a afroempreendedora viu na moda os principais instrumentos de resistência e de luta. Por conta do trabalho que sua mãe desenvolvia em Moçambique, a jornalista paulistana fez a sua primeira visita ao país em 2005. Durante sua estadia, descobriu que a partir do diálogo entre culturas milenares e um mundo moderno, surgia uma África contemporânea. Nas ruas da capital moçambicana, uma imensidão de cores e estilos fazia de muros, cabelos e roupas, verdadeiras manifestações artísticas.

De volta ao Brasil, trouxe diversas capulanas para produzir suas próprias roupas. Esse tecido multifuncional, estampado com padrões africanos, vem sendo tradicionalmente usado há muitas gerações como forma de expressão por mulheres em diversos países daquele continente. Assim, em 2006, a Baobá-Brasil teve sua primeira loja inaugurada em Santa Tereza, no Centro do Rio de Janeiro. Pouco tempo depois, outra loja foi aberta em Botafogo, na Zona Sul.

“Majoritariamente produzida por mulheres na força do coletivo, a marca veste e embeleza um corpo de luta. Mais do que sobre tendências, falamos de uma trajetória de conquistas políticas e sociais que antecede à sua própria história”, explica a afroempreendedora.

Recentemente, a Baobá Brasil lançou a linha de roupas super humanos. O intuito do trabalho é promover a valorização das vidas negras.

“Por muito tempo, nós fomos destituídos da nossa humanidade e este projeto vem para falar da importância desse direito básico. Fizemos um trocadilho com o termo super-herói, pois somos de carne e osso, mas também somos feitos de sonhos”, enfatiza Tenka.

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