Morre Cacá Diegues, o diretor de Xica da Silva

O diretor de cinema, Cacá Diegues, consagrou Zezé Motta como Xica da Silva

O Brasil perdeu um de seus maiores cineastas na madrugada desta sexta-feira (14). Cacá Diegues, ícone do Cinema Novo, faleceu aos 84 anos no Rio de Janeiro, devido a complicações durante uma cirurgia. Conhecido por clássicos como “Bye bye Brasil” e “Deus é Brasileiro”, Diegues foi uma das figuras mais importantes do cinema nacional, com uma carreira que equilibrava popularidade e profundidade artística, abordando temas sociais e culturais com sensibilidade única.

Natural de Maceió, Alagoas, e criado no Rio de Janeiro, Cacá começou sua trajetória cinematográfica ainda jovem, quando fundou um cineclube na PUC-Rio e se envolveu no movimento Cinema Novo, ao lado de grandes nomes como Glauber Rocha e Leon Hirszman. Além de cineasta, foi também jornalista, crítico e manifesto, sempre engajado com a política e a cultura, especialmente em tempos de ditadura militar, quando viveu no exílio, na Itália e na França.

Sua obra, sempre ousada e cheia de questões sociais, foi reconhecida mundialmente, com participação nos maiores festivais de cinema, como Cannes, Veneza e Berlim. Diegues deixa não apenas 18 filmes memoráveis, mas também um legado cultural que seguirá inspirando novas gerações de cineastas e amantes do cinema. Ele deixa quatro filhos e uma esposa, Renata Almeida Magalhães, com quem era casado desde 1981.

A perda de Cacá Diegues é sentida profundamente pelo Brasil, mas seu legado permanece firme, imortalizado nas telas e na história do cinema nacional.

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