Morreu em São Paulo o jornalista que descobriu a escritora negra Carolina Maria de Jesus.
Morreu nesta quarta-feira feira jornalista Audálio Dantas, jornais e revistas tem destacado a grande façanha e coragem de Audálio ao denunciar a tortura e morte nos porões da ditadura jornalista Vladimir Herzog. Porem para o jornalista e Publisher da revista RAÇA Mauricio Pestana estão esquecendo de dizer que Audálio também foi o responsável por juntar os escritos de uma mulher negra e favelada que se tornaria uma das maiores expoentes da literatura brasileira, Carolina Maria de Jesus. Audálio foi responsável pela publicação do quarto livro Quarto de Despejo. da escritora Negra. “Perco um grande amigo que conheci quando eu ainda era quase criança, na luta contra a ditadura militar” ressaltou Pestana.
O corpo do jornalista é velado nesta quinta-feira (31) em São Paulo. Ele tinha 88 anos e morreu na tarde desta quarta-feira (30) no Hospital Premier.
Audálio lutava contra um câncer de intestino desde 2015, quando foi operado; a doença atingiu fígado e pulmões e ele teve de ser internado em abril no centro médico. Deixa mulher, quatro filhos e netos.
O velório teve início às 22h desta quarta no Hospital Premier e prossegue nesta quinta, a partir das 11h, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530 – Vila Buarque). Segundo sua família, o corpo será cremado.
Dantas foi presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo em 1975, ano do assassinato do jornalista Vladimir Herzog. Foi um dos responsáveis por denunciar que Herzog foi torturado e morto no DOI-CODI –o que contrariava a versão oficial do governo, de suicídio.
Deixou o cargo em 1978, ano em que foi eleito deputado federal.