Movimento Salvador Capital Afro fomenta o afroturismo em SA

Evento, com participação de autoridades locais, valoriza o empreendedorismo e a cultura negra local

O Espaço Cultural da Barroquinha foi a casa acolhedora que serviu de palco para o lançamento do Movimento Salvador Capital Afro. A iniciativa busca posicionar a capital baiana como referência do Turismo Étnico-Afro, nacional e internacionalmente, chamando a atenção para os produtos turísticos que são fornecidos por empreendedores negros locais. O evento foi marcado pela força do som da Banda Didá, o talento encantador dos dançarinos do grupo Epa, além de afroempreendedores com as delícias tipicamente baianas: acarajé, milho verde, mingau, suco de limão com coco e amendoim. 

Compareceram ao evento, o prefeito Bruno Reis, a Secretária Municipal de Cultura e Turismo, Andrea Mendonça e a Secretária de Reparação, Ivete Sacramento. Mylene Alves e Daiane Rosário, líderes de Comunicação e Executiva do projeto, apresentaram as ações que compõem a iniciativa, como as atividades em cinco territórios estratégicos, o festival que vai possibilitar o reconhecimento de comportamentos que representem a cultura afro da cidade e ao Baiana Legal, iniciativa de fortalecimento e visibilidade das baianas de acarajé em atividade em Salvador. 

Para Mylene, realizar este ato na Barroquinha foi o primeiro passo para o fim do apagamento da história e da cultura do povo preto de Salvador. “Este lançamento, hoje, aqui no Espaço Cultural da Barroquinha, um local que abrigou outros tantos movimentos para a história da emancipação da população negra de Salvador, é um marco pessoal e institucional. Digo isso porque como soteropolitana e mulher negra, eu acredito que seja, de fato, uma prova de um reconhecimento de que estamos abrindo um novo capítulo da nossa história. Ao invés de invisibilidade e apagamento, nós teremos destaque e valorização de tudo o que é e representa a nossa herança ancestral africana”.

Em sua fala, Bruno Reis ressaltou o quanto é importante apresentar o Salvador Capital Afro para o Brasil e o Mundo. “Salvador é conhecida como uma cidade histórica, afinal, fomos a primeira capital do Brasil. É uma cidade cultural. Acho que nenhuma cidade no mundo produziu tantas referências artísticas como nós. Mas, Salvador, sempre será a capital Afro do Brasil. Somos a cidade mais negra fora da África. Este é o nosso principal diferencial. A gente não encontra no mundo uma cidade que tenha um povo como o nosso. Este é o nosso principal ativo. Vamos projetar a nossa cidade para o Brasil e para o mundo como a capital Afro”. 

Para Ivete Sacramento, chegou a hora da população negra ter a reparação que lhe é de direito. “Me orgulho em dizer que este projeto visa fazer a reparação da população negra no eixo turístico de Salvador. Uma comunidade que é a cara da Bahia, a cara do Brasil, mas que de algum jeito, este fator não se revertia na forma econômica e na valorização da nossa cultura. Então, esta iniciativa quer mostrar como Salvador é vista e como ela deve ser vista a partir de seu elemento básico, que é o fato de 82% da sua população ser negra”. 

Um dos pontos mais emocionantes da coletiva ficou por conta da exibição, em primeira mão, do filme manifesto. Um conteúdo sensível, produzido exclusivamente para o projeto, que conceitua o movimento e tem o protagonismo de pessoas pretas que dão vida à cidade. A peça audiovisual apresenta atrações turísticas de Salvador e contou com um elenco formado por celebridades, influenciadores e afro-empreendedores locais.

Acompanhe o site do Salvador Capital Afro para saber das próximas ações do projeto www.salvadordabahia.com/capitalafro/

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