Mulher suspeita de enviar carta com ofensas racistas para doceira é indiciada pela Polícia Civil no Paraná

Caso ocorreu em fevereiro deste ano em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Doceira disse que precisou de tratamento psicológico

Doceira disse que chegou a ser ameaçada de morte (Foto: Reprodução/RPC)

A Polícia Civil identificou e indiciou uma mulher suspeita de cometer ataques racistas contra a doceira Janete Martins, que mora em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o delegado Messias da Rosa, a suspeita mora no mesmo bairro que a doceira. Ela negou as acusações e vai responder em liberdade, ainda conforme o delegado.

Ao G1, Janete contou que recebeu uma carta anônima com as ofensas racistas e que precisou de tratamento psicológico para superar. “Ih, foram várias ofensas. No Dia da Mulher, por exemplo, eu recebi uma caixa de presente com bananas. Eu sofri demais”, desabafou.

“A pessoa que escreveu essa carta estava com muita raiva, eu imagino. Porque ela fala a respeito de pessoas de cor, que nunca vão ser igual ao branco, que eu nunca vou ser recebida nos mesmo lugares igual a um branco. Que eu nunca vou ganhar igual a um branco. E que é melhor eu aceitar porque eu tenho no sangue um DNA de um escravo. Isso pesou bastante. Doeu”, disse Janete à época da divulgação do caso, em fevereiro deste ano.

Doceira recebeu várias mensagens de ofensas raciais (Foto: Arquivo pessoal )

Janete contou ainda que chegou a receber ameaças de morte por telefone e também foi atacada pelas redes sociais. “Agora eu já estou um pouco melhor por causa do tratamento, mas mesmo estando aliviada, a gente quer que a pessoa pague por isso. Eu não sei se realmente é ela [a suspeita indiciada], mas quem quer que seja, eu quero que a Justiça seja feita”, disse Janete.

Agora, a investigação aguarda um laudo da criminalística de bananas e bilhetes que foram enviados para a casa de Janete para verificar a possibilidade de impressões digitais.

Se for condenada, a mulher indiciada pode pegar de um a três anos de reclusão, segundo a Polícia Civil.

Fonte: G1

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