Projeto de lei propõe a criação do Museu do Percurso Negro, com marcos históricos espalhados pela capital gaúcha para preservar e valorizar o legado afro-brasileiro.
Um novo projeto legislativo, reapresentado em 2025 na Câmara de Vereadores de Porto Alegre que está em análise, pretende instituir o Museu do Percurso Negro. A proposta se baseia em uma iniciativa de 2021.
A ideia é transformar o espaço urbano da cidade em um circuito de memória afro-brasileira, conectando pontos históricos que evidenciam a presença e contribuição da população negra na formação da capital gaúcha. Entre os locais previstos estão o Monumento do Tambor, na Praça Brigadeiro Sampaio, a Pegada Africana, na Praça da Alfândega, o Bará do Mercado Público, o Painel Afro-brasileiro, além de áreas simbólicas como o antigo Pelourinho, o Ancoradouro e a Esquina do Zaire.
Segundo a justificativa do projeto, a criação do museu busca integrar a história negra à memória oficial da cidade, promovendo reconhecimento, visibilidade e valorização de territórios e personagens historicamente apagados. A proposta destaca ainda o potencial turístico, pedagógico e social do percurso, que pode fortalecer o sentimento de pertencimento e ampliar a compreensão da história local por parte da população e dos visitantes.
Se aprovado, o Museu do Percurso Negro funcionará como uma estrutura permanente e acessível de preservação do patrimônio afro-brasileiro, resgatando vozes e histórias fundamentais para o entendimento completo da identidade porto-alegrense.