A Austrália decidiu cancelar o visto de entrada do rapper americano Kanye West, depois que ele lançou uma música que faz referência elogiosa a Adolf Hitler. A notícia foi confirmada nesta quarta-feira (2), mostrando que o país não quer abrir espaço para discursos que flertem com o ódio ou com o antissemitismo.
Kanye, que nos últimos anos já fez declarações polêmicas sobre judeus e chegou a usar roupas com símbolos ligados ao nazismo, voltou a provocar reações ao lançar a música “Heil Hitler”. Mesmo após ter publicado mensagens em suas redes sociais pedindo desculpas e dizendo estar arrependido, as consequências de suas falas continuam aparecendo.
A decisão australiana vai além de um simples ato burocrático: sinaliza um posicionamento firme contra qualquer tentativa de normalizar figuras ou ideologias responsáveis por mortes, sofrimento e perseguições históricas. Também mostra que, apesar do peso da fama, artistas ou celebridades não estão imunes a serem responsabilizados pelas mensagens que espalham.
O caso de Kanye West reforça o debate sobre liberdade de expressão e os limites éticos que ela precisa ter, principalmente quando se trata de discursos que podem ferir comunidades inteiras. Para muitos, impedir a entrada do rapper é uma forma de dizer que não há lugar para ideias que celebrem regimes de ódio, nem mesmo vindas de grandes nomes da música.