Revista Raça Brasil

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Negros enfrentam mais obstáculos para celebrar Dia do Trabalhador

Desigualdade racial aprofunda exclusão no mercado de trabalho

A desigualdade de renda no Brasil continua escancarando as marcas do racismo secular. De acordo com o boletim especial do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o rendimento médio mensal dos 1% mais ricos foi 40 vezes maior que o dos 40% mais pobres.


A disparidade revela a profundidade da desigualdade social no país — que se torna ainda mais grave quando observada sob a lente racial. Dados da Pnad Contínua do IBGE indicam que pessoas negras estão majoritariamente entre os mais pobres, e enfrentam mais obstáculos no acesso a empregos formais, bem remunerados e protegidos por direitos trabalhistas. Nesse contexto, políticas redistributivas e de valorização do trabalho não são apenas medidas econômicas, mas também instrumentos de justiça racial.


O boletim destaca que houve avanço na renda dos mais pobres em 2024, impulsionado pela revalorização do salário mínimo e pela criação de empregos formais. Mas, os dados indicam que os 10% mais pobres pagam, proporcionalmente, mais impostos do que os 10% mais ricos. Como consequência, a população negra, que já sofre com baixos salários, ainda arca com uma carga tributária mais pesada.

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