Revista Raça Brasil

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No Marco Zero, a 1ª Marcha para Exú celebra fé e resistência

O Marco Zero se encheu de cores, tambores e vozes neste domingo (24), quando aconteceu a 1ª Marcha para Exú. O encontro, inédito no Nordeste, reuniu povos de terreiro de várias partes do estado em um grande ato de fé, celebração e luta contra o preconceito religioso.

Com roupas em preto e vermelho — cores que representam Exú —, os participantes caminharam juntos ao som de atabaques, cânticos e manifestações que exaltavam o orixá conhecido por abrir caminhos. Mais do que um ato religioso, a marcha se tornou um espaço de união, cultura e resistência.

“Queremos gritar pra todo mundo que Exú não é o diabo. As pessoas precisam respeitar a religião dos outros, cada um tem sua escolha”, declarou o babalorixá Lenine, um dos organizadores do evento.

Para muitos, estar ali significou também esperança. “A gente é tão discriminado, então estar aqui é muito importante. A expectativa tá a mil, quero que essa seja a primeira de muitas”, contou emocionado Gusttavo Lobo, de 38 anos.

O cortejo saiu do Marco Zero e seguiu pelas ruas do Recife até a Rua da Guia, local histórico para os povos de matriz africana. Cada passo dado simbolizou resistência, reafirmando que a fé e a ancestralidade seguem vivas, ocupando com orgulho o coração da cidade.

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