Nova denúncia de uso indevido de Cotas Raciais envolve mãe de Matteus

Após a controvérsia que envolveu Matteus Amaral, acusado de utilizar indevidamente cotas raciais para ingressar no Instituto Federal Farroupilha (IFFAR), em 2014, a mãe do vice-campeão do BBB24, Luciane Amaral, também está sendo investigada por ingressar na universidade pelo mesmo sistema de cotas.

Investigação em Curso

De acordo com o IFFAR, Luciane se autodeclarou preta e, consequentemente, foi aberto um processo para avaliar a veracidade da declaração. Na quinta-feira (13/6), um áudio vazado de uma postagem temporária de Matteus revelou a preocupação de Luciane com a situação. No vídeo, que foi rapidamente deletado, ela diz: “Já soube que isso aí não dá nada. É só esquecer, isso aí não vai dar nada. Se eu me declarei negra, eu sou negra”.

A assessoria de imprensa do IFFAR confirmou à revista “Quem” que Luciane da Silveira Amaral está inscrita no mesmo edital de cotas que Matteus. “O nome Luciane da Silveira Amaral consta no mesmo edital, inscrito na mesma cota que o Matteus. É importante dizer que, para afirmarmos se houve fraude, é necessário o processo”, afirmou a instituição. Em casos de fraude comprovada, a sanção é a perda da vaga. “Isso já ocorreu algumas vezes no IFFAR. Recebemos a denúncia, investigamos o caso, realizamos a heteroidentificação e a autodeclaração pode ser anulada”, acrescentaram.

Entretanto, a denúncia é sobre pessoas que já não estudam no Instituto. “No caso do Matteus, que não tem mais vínculo, a questão vai ter que ser discutida. Não tivemos caso assim ainda”.

Caso está no Ministério Público


Recentemente, o Ministério Público recebeu uma denúncia formal de falsidade ideológica contra Matteus. O ativista Antonio Isuperio, que trabalha em uma instituição internacional de Direitos Humanos, foi quem protocolou a denúncia. Ele solicitou que o ex-BBB seja responsabilizado criminalmente e que a instituição de ensino seja investigada por negligência.

De acordo com o Código Penal, a falsidade ideológica em documento público pode resultar em pena de reclusão de cinco anos e multa.

Para complicar ainda mais a situação do ex-BBB, neste sábado (15/6) foi revelado que, além de se autodeclarar preto para ingressar em uma universidade pública, ele também recebeu ilegalmente dinheiro do governo federal. Segundo o colunista Paulo Cappelli, Matteus se inscreveu no programa Bolsa Permanência, destinado a estudantes quilombolas, indígenas e aqueles em situação de vulnerabilidade socioeconômica, para custear seu curso de Engenharia Agrícola no Instituto Federal Farroupilha (IFFAR). Para receber o benefício, o namorado de Isabelle Nogueira preencheu um formulário afirmando que sua renda familiar per capita não ultrapassava 1,5 salário mínimo, o que foi aceito pelo Ministério da Educação na época.

Posicionamento de Matteus


Mais cedo, Matteus se manifestou pela primeira vez sobre o assunto em suas redes sociais. Ele alegou que uma terceira pessoa realizou sua inscrição e escolheu a cota de forma errada, sem avisá-lo. “Peço desculpas pelo transtorno e lamento o ocorrido”, escreveu o namorado de Isabelle Nogueira.

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