O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi condenado por tentativa de golpe, um capítulo sombrio na história do Brasil. Embora seja uma página triste, é importante lembrar que a democracia brasileira foi testada e resistiu. A condenação de Bolsonaro serve como um lembrete de que as instituições democráticas do país funcionam e que a condenação de pessoas brancas e poderosas é possível, algo muito raro no Brasil onde normalmente só preto e pobre vão parar na cadeia.
Do ponto de vista racial, o legado de Bolsonaro é marcado por decisões e ações que tiveram impactos negativos sobre a população negra. Ele foi responsável pelo fechamento do Ministério das Relações Raciais, uma pasta importante para a promoção da igualdade racial no país. Além disso, nomeou um presidente para a Fundação Palmares que negava a existência do racismo, apesar de ser negro. Durante seu mandato, não houve nenhum ministro negro, o que reflete a falta de representatividade e inclusão em seu governo.
Bolsonaro também foi responsável pelo fechamento do Ministério da Cultura, uma decisão que afetou profundamente a promoção da arte e da cultura no Brasil. Além disso, suas declarações racistas, homofóbicas e misóginas foram frequentes durante seu mandato, contribuindo para um clima de intolerância e discriminação. Sua gestão da pandemia de COVID-19 foi marcada pela negação da importância do cuidado e da vacinação, o que resultou na morte de milhares de pessoas, incluindo uma grande parte de pessoas negras.
A condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe é um lembrete de que as instituições democráticas do Brasil estão vigilantes e dispostas a proteger a democracia. Embora seu legado seja marcado por decisões e ações lamentáveis, a condenação é um passo importante para garantir que os responsáveis sejam responsabilizados. É fundamental que o Brasil continue a trabalhar para fortalecer sua democracia e promover a inclusão e a igualdade para todos os cidadãos.
