“O Rap é Compromisso” e agora o Hip Hop é Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de São Paulo
-
- março 7, 2024
“O Rap é Compromisso” e agora o Hip Hop é Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de São Paulo
Mais uma conquista da Cultura!
A Assembleia Legislativa de São Paulo, em uma sessão extraordinária reconheceu o Hip Hop como Patrimônio Cultural Imaterial, na aprovação do Projeto de Lei 498/2021, proposto pela deputada Leci Brandão e de coautoria da deputada Márcia Lia, do deputado Márcio Nakashima e do deputado Emídio de Souza. O reconhecimento foi um marco histórico e que objetiva preservar e valorizar uma das manifestações mais importantes da cultura urbana paulista.
A base para aprovação deste projeto foi a importância e a influência do Hip Hop na sociedade de São Paulo, devido a sua expressão artística e cultural que ultrapassa barreiras e gerações. Leci Brandão expressou sua satisfação: “O Hip Hop é uma cultura do nosso povo, lançador de talentos e suas obras de relevância social que muitas vezes escrevem a história do país, além de celebrar a diversidade, a partir da formação e promoção de artistas inclusivos. Parabéns a cada uma das lideranças que lutaram por esse resultado. Salve o Hip Hop!”.
A herança que o movimento Hip Hop solidifica é a união das comunidades e a criatividade expressada de várias maneiras, além do compromisso do Governo em reforçar o pacto com a diversidade cultural de São Paulo e sua relevância como expressão artística transcendente, que inspira e motiva essa geração e as próximas.
Um pouco de história
O movimento cultural Hip Hop nasceu no bairro do Bronx, nos EUA, por volta de 1970, resultante de conflitos e trocas culturais entre negros jamaicanos, norte-americanos e porto-riquenhos e se transformou em uma organização intercultural de jovens marginalizados. Essa reunião cultural juntou estilos diferentes de uma mesma juventude, destacando-se o grafite, o break e o rap e quase todos os estilos eram acompanhados de um grande aparelho de som portátil.
O gênero musical popular entre esses jovens era o Rap, que traziam falas rítmicas e rimadas em forma de canto. Era música Hip Hop que dava o som e o tom das manifestações culturais urbanas, era o ritmo das ruas, principalmente dos bairros como maioria negra e pobre. O rap tem uma característica que permite a expressão de sentimentos, exposição da realidade de vida, tratando da violência e, sobretudo do racismo que essa juventude marginalizada sofre.
O improviso é outra marca da cultura Hip Hop, e com o Rap é possível compor letras com cunho político, antirracista, tratando de embates com a polícia, problemas estruturais sociais e familiares e até romances, retratos fieis das realidades das periferias. Os países latino-americanos que mais vivenciam o Hip Hop são: Brasil, México, Colômbia, Venezuela e Equador e, a pobreza é o principal fator que relacionam esses países. Antigamente era um universo masculino, mas evoluiu e hoje é possível encontrar muitas mulheres na cena.
Na Metrópole paulistana, São Paulo, conta com muitos grupos de rap que se organizam em coletivos formados por região buscando e pregando conscientização política e procurando resgatar a autoestima dos jovens estigmatizados. E a maioria dos rappers são considerados intelectuais urbanos com foco na periferia e fazem fortes críticas à realidade social.
De olho no movimento, o Ministério da Cultura criou o Prêmio Hip Hop em 2010, em seguida a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo criou o Fórum Hip Hop e a Semana Cultural também dedicada ao gênero. Nos anos que se seguiram outras ações relacionadas à difusão da cultura Hip Hip foram criadas nos grandes centros urbanos do país. E assim como outros estilos resistem até hoje.
Por Sabrina Andrea @sabrandrea
Divulgação: @assembleiasp / @lecibrandao
#culturahiphop #hiphopculture #hiphoppatrimoniocultural #lecinaalesp #mandatopopular #atividadeparlamentar #cultura #comunidade
Comentários
