Revista Raça Brasil

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O reencontro emocionante de Érika Januza e Juliana Paes na Viradouro

O reencontro entre Érika Januza e Juliana Paes, no último sábado (25), durante o Festival Marie Claire, foi daqueles momentos que falam por si só. Foi a primeira vez que as duas atrizes se encontraram desde a coroação de Juliana como nova rainha de bateria da Viradouro, escola que Érika representou com tanto brilho e representatividade nos últimos três anos. O que poderia ter sido um encontro marcado por constrangimento ou rivalidade, se transformou em uma troca sincera de afeto, respeito e empatia — algo raro e bonito de se ver em um cenário que, muitas vezes, tenta colocar mulheres em lados opostos.

Nos bastidores do evento, as duas se abraçaram, riram e trocaram palavras de incentivo. Com um sorriso no rosto e o coração aberto, Érika aconselhou Juliana: “Não se cobra, vai com tudo!”. A frase, simples, mas cheia de significado, mostrou o quanto o acolhimento pode ser mais poderoso do que a competição. Minutos depois, já no palco, Érika apresentou a colega com palavras que revelavam admiração e carinho: “Uma mulher inspiradora e generosa. Há 25 anos, é uma das atrizes mais populares do Brasil, com uma carreira marcada por papéis emblemáticos. Ela é poderosa, maravilhosa.”

Juliana, emocionada, retribuiu a gentileza e falou sobre a admiração que sente pela colega. “Falei só o que eu sinto ali fora, que ela está muito linda ali no Saia Justa. É difícil a gente chegar na televisão e falar do coração, porque é o Brasil inteiro ouvindo. Às vezes perdemos a espontaneidade, mas ela está falando com a alma”, declarou.

O diálogo entre as duas artistas representa algo muito maior do que uma troca de cargos no Carnaval. Representa o fim de um ciclo vivido com dignidade e o início de outro cheio de memórias afetivas. Érika se despediu da coroa da Viradouro em março deste ano, durante seu programa Rainhas Além da Avenida, quando revelou, com lágrimas, que estava deixando o posto a pedido da escola. “A Viradouro me pediu o cargo. O cargo não é meu, eu sou só um instrumento. Eu estou triste, mas é um ciclo que se encerra”, disse.

Poucos meses depois, Juliana Paes foi anunciada como a nova rainha da bateria. Em seu perfil no Instagram, celebrou o retorno com entusiasmo: “Eu tô de volta pra casa, minha Viradouro! Meu coração, mais uma vez, vai bater mais forte no ritmo do nosso furacão vermelho e branco”. E, mostrando grandeza e generosidade, Érika comentou a publicação desejando felicidade à colega: “Parabéns, Juliana, maravilhosa! Que você seja muito feliz no seu reinado nessa casa tão querida. Estarei aqui pra te aplaudir e ver você brilhando ao lado da nossa Viradouro”.

A coroação de Juliana aconteceu no fim de agosto, em uma noite de festa e reencontros. O retorno marca 17 anos desde seu primeiro reinado à frente da Furacão Vermelho e Branco, entre 2004 e 2008. A quadra lotada, os aplausos e a energia da escola mostraram que o amor pelo samba e pela Viradouro é o que realmente une essas mulheres.

Mais do que uma passagem de coroa, o que se viu foi uma passagem de respeito, admiração e maturidade. Em um mundo que tantas vezes tenta transformar mulheres em rivais, Érika e Juliana mostraram que o verdadeiro reinado é aquele compartilhado com empatia e generosidade.

O gesto de ambas carrega uma mensagem poderosa: quando uma mulher aplaude o brilho da outra, todas vencem. O Carnaval pode ser feito de samba, de brilho e de ritmo, mas também é feito de humanidade — da beleza que existe em reconhecer que o espaço de uma não apaga o da outra, e que o brilho é sempre maior quando é compartilhado.

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