OMS registra 257 casos de varíola fora da África

Brasil não tem casos confirmados.

O novo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os casos da varíola dos macacos (monkeypox, em inglês), zoonose viral capaz de infectar humanos, apontou que 257 casos da doença foram confirmados em 23 países não endêmicos (fora da região onde é predominante a doença). Segundo o levantamento, divulgado neste domingo, 29, as notificações são de pessoas que não viajaram para a África central e ocidental, onde a infecção é endêmica, e há 120 registros suspeitos.

Outros 120 casos suspeitos estão sendo investigados. Nenhuma morte foi relatada. Até a semana passada, menos de 100 casos haviam sido confirmados pela organização.

“A situação está evoluindo rapidamente e a OMS espera que haja mais casos identificados à medida que a vigilância se expande em países não endêmicos, bem como em países conhecidos como endêmicos que não relataram casos recentemente”, disse a entidade em comunicado.

Análises sobre as informações

A organização frisou que as as ações imediatas devem se concentrar em fornecer informações precisas para as pessoas que podem correr mais risco de contrair a doença; impedir a disseminação entre os grupos em risco; e proteger os profissionais de saúde da linha de frente.

Segundo a OMS, investigações sobre o surto estão em andamento, porque a infecção sem relação com viagens para regiões onde a doença circula é considerada atípica. Análises preliminares sobre os primeiros casos demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens.  No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos. “Este surto não é típico, e definitivamente não é uma doença gay”, disse Andy Seale, conselheiro da OMS, na semana passada. “Qualquer indivíduo pode contraí-la se tiver contato próximo com uma pessoa infectada.” 

Descoberta em 1958, a varíola dos macacos circula principalmente entre roedores e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados pelos roedores.Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés.

Casos

Até agora, o Brasil não tem casos confirmados da doença. Na última semana, um caso suspeito na Bolívia, perto da fronteira brasileira, fez as autoridades ficarem em alerta.

Na América do Sul, já há ao menos um caso foi confirmado – na Argentina. O levantamento da OMS, entretanto, contabilizou os casos relatados até o dia 26, e o caso argentino foi confirmado no dia 27; por isso, o país aparece como tendo apenas um caso suspeito.

Pelo mesmo motivo, o México – onde um caso foi confirmado neste sábado (28) – também não aparece no levantamento da entidade.

De acordo com a OMS, na região, apenas a Guiana Francesa tem casos sob investigação, com duas infecções suspeitas.

No resto do mundo, o Sudão – que fica no norte da África, mas onde a varíola dos macacos não é endêmica – também aparece como tendo um caso suspeito.

Até o dia 26, os casos confirmados estavam nos seguintes países, segundo a OMS:

Alemanha – Austrália – Áustria – Bélgica – Canadá – Dinamarca – Emirados Árabes – Eslovênia – Espanha – EUA – Finlândia – França – Holanda – Israel – Itália – Portugal – Reino Unido – República Tcheca – Suécia – Suíça

Fonte: G1

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