De 19 a 27 de setembro, o Theatro Municipal de São Paulo será palco de uma experiência única: a ópera Porgy and Bess, clássico de George Gershwin, chega em uma versão inédita, com direção cênica da premiada dramaturga Grace Passô e um elenco formado majoritariamente por artistas negros. A escolha não é apenas artística, mas também um gesto poderoso de representatividade e valorização da diversidade nas artes cênicas brasileiras.
Sob a batuta do maestro Roberto Minczuk, o espetáculo promete emocionar o público ao misturar jazz, música clássica, folk e teatro em uma narrativa atemporal sobre amor, luta e resistência. Canções que marcaram gerações, como Summertime e I Got Plenty o’ Nuttin’, ressurgem em cena para conectar a história dos anos 1930, nos Estados Unidos, aos dilemas sociais que ainda ecoam no Brasil de hoje.
“Nosso exercício é pensar o que está acontecendo no Brasil de hoje, através desta versão que imagina paralelos contemporâneos com a trama original”, explica Grace Passô.
A cenografia leva a assinatura de Marcelino Melo, o Quebradinha, artista conhecido por transformar as memórias e vivências das periferias em arte. O cenário será um dos pontos altos, trazendo ao palco a força estética de histórias que nascem da realidade popular.
O espetáculo contará ainda com o “Coro Porgy and Bess”, formado por integrantes do Coro Lírico Municipal, Coral Paulistano e artistas convidados, sob regência da maestra Maíra Ferreira.
Mais do que uma apresentação musical, Porgy and Bess no Theatro Municipal promete ser um convite à reflexão e à emoção — uma celebração da potência negra na arte e da sua contribuição para a cultura.
Os ingressos custam entre R$ 33 e R$ 210 e já estão disponíveis no site do Theatro Municipal.