Pastor é condenado à prisão e a pagar R$ 100 mil por discriminação religiosa

O pastor evangélico Aijalon Heleno Berto Florêncio foi condenado pelo Tribual de Justiça de Pernambuco (TJPE) por “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. O religioso criticou, em 2021, nas suas redes sociais, um mural pintado no Túnel da Abolição, localizado no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. Na arte estão representados personagens e símbolos de religiões de matriz africana. O pastor comparou os desenhos a uma “reverência a entidades satânicas, espíritos das trevas”.

De acordo com a sentença, assinada pela juíza Ana Vieira Pinto, da Vara Criminal da Comarca de Igarassu, o criminoso estimulou “os adeptos de sua igreja ou credo a discriminar as religiões de matriz africana, a exemplo do candomblé”. E que tal agressão foi baseada “no ódio e no preconceito que viola gravemente os direitos fundamentais”.

Aijalon Berto foi condenado a pagar R$ 100 mil por dano moral, que serão destinados a ações de enfrentamento à intolerância religiosa contra religiões de matriz africana. Ele também deverá pagar mais 100 dias-multa, que totaliza R$ 3.666,66, recolhidos ao fundo penitenciário. Além disso, o pastor deve cumprir pena de dois anos e seis meses de reclusão, mas com direito de recorrer em liberdade – ele estava preso preventivamente pelo crime desde abril deste ano. A defesa do pastor não se pronunciou até o fechamento desta matéria.

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