Polícia investiga caso de racismo religioso contra terreiro de umbanda em Belém
Terreiro “Morada de Marabô” teve as imagens de caboclos e orixás destruídas neste último fim de semana.
A delegacia de Combate aos Crimes Discriminatórios e Homofóbicos da Polícia Civil investiga um crime de racismo religioso em um terreiro de umbanda localizado em Mosqueiro, distrito de Belém.
No último domingo (3), o terreiro “Morada de Marabô” teve as imagens de caboclos e orixás destruídas. Angela Cézar, uma das responsáveis pelo local, disse que o local já existe há cerca de dez anos e nunca tinha sofrido nenhum ataque.
“Embora a gente não more diretamente aqui, sempre estamos no espaço, para cuidar e zelar. Nada foi roubado, houve apenas a depredação das imagens”, afirmou.
Seirdh acompanha caso
https://e3dfb9dbd40b7a663fc7bc8f60002432.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html A Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh) do Pará visitou o terreiro nesta quarta (6). Segundo Denilson Silva, da Gerência de Promoção da Igualdade Racial da Seirdh, foram registrados ao menos 9 casos de racismo religioso desde abril de 2023.
“A Diretoria de Igualdade Racial da Seirdh acompanha o caso e já está dialogando com o sistema de segurança pública para implementação de políticas públicas de segurança para os povos de terreiro”, disse.
Para o diretor de Igualdade Racial da Seirdh, Pedro Cavalero, a intolerância religiosa não condiz com o Estado Democrático de Direito.
“O papel da Seirdh é garantir um Estado Laico, buscando o respeito entre as religiões”, diz.
Denuncie
Qualquer denúncia de racismo religioso pode ser feita à Seirdh, localizada na rua Arcipreste Manoel Teodoro, 1020, Campina, e à Delegacia de Combate aos Crimes Discriminatórios e Homofóbicos (DCCDH), da Polícia Civil, localizada na rua Avertano Rocha, N° 417, ou pelo 190 (Ciop) ou 181 (Disque-Denúncia), ou, ainda, em qualquer Delegacia de Polícia.