Policiais que amarraram pés e mãos de homem negro são afastados

Ele foi carregado em posição semelhante a um “pau de arara”

Imagens de um homem negro amarrado pelos pés e pelas mãos na cidade de São Paulo causou o afastamento dos agentes pela corregedoria da Polícia Militar (PM) e tem provocado debate sobre a abordagem policial a pessoas pobres.

O homem, de 32 anos, foi preso em flagrante por policiais militares, acusado de roubar produtos em um supermercado na Vila Mariana, zona sul da capital paulista. Outras duas pessoas foram presas na ação, entre elas, um menor.

Os agentes então amarraram o acusado – pulsos e pés para trás – de maneira semelhante a um “pau de arara”, instrumento de tortura utilizado no período da ditadura.

O homem foi colocado na parte de trás de uma viatura.

As imagens, que circulam nas redes sociais, foram registradas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Mariana.

O padre Júlio Lancelotti, que faz trabalho pastoral com pessoas em situação de rua na capital paulista, criticou a violência da abordagem, mas apontou que esse método é comum na polícia paulista.

Em nota, a Polícia Militar lamentou o episódio, e afirmou que a conduta dos agentes não é compatível com o treinamento e valores da instituição. E informou ainda que foi instaurado inquérito para apurar o caso, acrescentando que os policiais já estão afastados preventivamente das atividades. 

Também em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que já pediu às autoridades de segurança pública uma investigação completa dos fatos. 

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