Revista Raça Brasil

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Porto Alegre pode parar partidas como resposta ao racismo

Quem ama futebol sabe o quanto ele é paixão, identidade e expressão cultural. Mas também sabe que, infelizmente, ainda é palco de violência e discriminação. Em Porto Alegre, uma nova proposta quer mudar isso, de verdade. Um projeto de lei apresentado pela vereadora Vitória Cabreira (PCdoB) propõe que jogos possam ser interrompidos ou até encerrados em caso de manifestações racistas nos estádios da cidade.

A proposta, chamada de “Política Municipal Apito Final contra o Racismo”, ou carinhosamente “Lei Vini Jr.”, é direta e objetiva: se alguém cometer um ato de racismo durante um jogo, qualquer pessoa pode denunciar. A partir disso, autoridades presentes devem agir imediatamente, e o árbitro tem que parar o jogo até que a situação esteja resolvida. Se for algo coletivo ou recorrente, o jogo pode ser encerrado de vez.

A ideia é simples, mas poderosa: não fingir que nada aconteceu. “Esse projeto é sobre isso. Sobre dar um basta. Sobre garantir que o poder público e as autoridades do esporte não sejam coniventes com atitudes racistas”, afirma Vitória.

E por que isso importa tanto? Porque o silêncio diante do racismo também é uma forma de violência. Porque quem sofre esse tipo de ataque precisa ver que o jogo para por eles. Porque não dá mais pra aplaudir gol e ignorar ofensa.

A proposta ainda está em debate, mas já acende uma luz de esperança. Porto Alegre pode se tornar uma cidade referência em ações concretas contra o racismo no esporte. Um passo importante, que mostra que dentro ou fora de campo, a luta por respeito nunca deve ser adiada.

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