Revista Raça Brasil

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Preconceito e racismo: o que há de pior nas elites econômicas do país estreia hoje em horário nobre.

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Mauricio Pestana

CEO do Grupo Raça Comunicações. Jornalista, publicitário, cartunista e escritor, referência no país e no exterior no que diz respeito à produção de materiais didáticos nas áreas de diversidade, cidadania e direitos humanos. Foi secretário de Promoção da Igualdade Racial da Cidade de São Paulo e, atualmente, é diretor executivo da Revista Raça.

Odete Roitman, personagem icônica da novela “Vale Tudo”, é um exemplo clássico de como o preconceito e o racismo podem ser retratados de forma crua e realista na televisão brasileira.

Com sua personalidade arrogante e desprezível, Odete representa a elite brasileira que se considera superior aos demais, apenas por ter nascido em uma família branca, rica e influente.

A personagem é uma crítica ácida à elite econômica brasileira, que muitas vezes valoriza mais a aparência e o status social do que a verdadeira moralidade e o caráter de uma pessoa.

Odete é uma mulher que não hesita em usar sua influência e dinheiro para manipular as pessoas e alcançar seus objetivos, sem se importar com as consequências ou com o bem-estar dos outros.

O racismo e o preconceito de classe são o tema central na caracterização de Odete, que se considera superior às pessoas de classes sociais mais baixas, os “tupiniquins”, e as trata com desprezo e desdém. Sua atitude é um reflexo da realidade brasileira, em que a desigualdade social é uma questão grave e persistente.

A personagem de Odete Roitman é uma crítica à hipocrisia e à falta de ética de algumas pessoas que ocupam posições de poder na sociedade, embora ela retrate a elite econômica. Também serve para retratar parcela da nossa elite política e judiciária. Ela é uma mulher que não tem escrúpulos em usar sua influência para obter o que quer, mesmo que isso signifique prejudicar os outros.

Odete Roitman é uma personagem complexa e multifacetada que representa a crítica à sociedade brasileira e ao preconceito de classe. Sua personalidade arrogante e desprezível é um reflexo da realidade e do país, onde a desigualdade social e a falta de ética e o racismo ainda são problemas graves e persistentes.

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