Revista Raça Brasil

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Prêmio Luíza Mahin reconhece mulheres negras em luta por igualdade

A Prefeitura de São Paulo realizará, na próxima segunda-feira (28), a cerimônia de entrega do Prêmio Luíza Mahin, que homenageia mulheres negras por sua resistência e protagonismo na luta por direitos e justiça social. O evento acontecerá na Galeria Olido, no Centro, às 17h, e reforça o compromisso da gestão municipal com a igualdade racial. A premiação, organizada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), destaca anualmente sete personalidades que se destacam em áreas como cultura, educação e direitos humanos.

A escolha do nome do prêmio remete a Luíza Mahin, figura histórica do século XIX, conhecida por sua resistência contra a escravidão e por sua suposta relação com Luiz Gama, um dos maiores abolicionistas do Brasil. A homenagem não apenas preserva sua memória, mas também conecta o passado de luta ao presente, reconhecendo mulheres que seguem combatendo o racismo e a desigualdade. A data da premiação não é aleatória: ocorre próximo ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de julho), reforçando o simbolismo da resistência negra feminina.

A premiação também dialoga com outras figuras históricas, como Tereza de Benguela, líder quilombola que se tornou símbolo da luta contra a escravidão no século XVIII. A proximidade das datas ressalta a importância de visibilizar o legado dessas mulheres, cujas trajetórias inspiram gerações. “Esse prêmio é um passo importante na valorização da nossa história e na construção de uma sociedade mais justa”, afirma Adriana Vasconcellos, vencedora em 2022 e atual coordenadora de Promoção da Igualdade Racial da SMDHC.

As homenageadas são selecionadas por meio de indicações de entidades do movimento negro e organizações comprometidas com a igualdade racial, garantindo que o prêmio reflita a diversidade de atuações e realidades das mulheres negras na cidade. A iniciativa não apenas reconhece conquistas individuais, mas também fortalece redes de apoio e incentiva novas lideranças.

Além do reconhecimento público, a cerimônia serve como um espaço de reflexão sobre os desafios que ainda persistem, como a violência racial, a desigualdade econômica e a sub-representação política. Ao celebrar essas mulheres, o prêmio reforça a necessidade de políticas públicas efetivas para combater o racismo estrutural e promover equidade.

O evento é aberto ao público e representa uma oportunidade para celebrar a resistência e a força das mulheres negras, cujas histórias continuam moldando a luta por direitos e justiça social em São Paulo e no Brasil. A premiação consolida-se como um marco na valorização da cultura e do ativismo negro, mantendo viva a herança de Luíza Mahin e de tantas outras que abriram caminho.

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