Projeto promove revitalização estética de uma vizinhança com o uso de arte nacional negra
Curuzu, símbolo da cultura afro-baiana, ganha 13 obras monumentais que transformam suas ruas em uma galeria urbana permanente. O projeto “Arte nas Ruas”, iniciado nesta semana em parceria com a Escola Comunitária Ilê Aiyê, promove uma transformação estética do bairro através de murais artísticos criados por talentos nacionais. A iniciativa celebra a herança negra de Salvador, utilizando paredes como telas de expressão cultural.
O lançamento oficial ocorrerá em 7 de junho, com um café comunitário e percurso mediado por curadores. As intervenções ressignificam espaços públicos do Curuzu – epicentro histórico da resistência negra na capital baiana.
Segundo Salete Perroni, curadora do projeto, as obras fortalecem o vínculo identitário:
“Essa linguagem visual reconhece a centralidade do bairro na construção das manifestações afro-brasileiras, reforçando pertencimento”, destaca.
Destaque para a restauração do mural de Mãe Hilda Jitolu, localizado na sede do Ilê Aiyê. A homenagem à educadora e líder espiritual, fundamental na preservação das tradições de matriz africana, será refeita pelos artistas originais Questão Almada (nativo do Curuzu) e DK.
A Escola Ilê Aiyê, parceira estratégica, consolida-se como polo de educação antirracista através do ensino de música, dança e história africana. O projeto conta com patrocínio do Ministério da Cultura, Nubank e Larco via Lei de Incentivo à Cultura, tendo produção executiva da Maré Produções e apoio do Governo Federal.
Serviço:
Projeto Arte nas Ruas – Lançamento
Data: 7/6 (sexta-feira)
Local: Curuzu, Salvador
Programação: Café cultural e visita às obras